O vice-prefeito de Canoas, Nedy de Vargas Marques, tomou posse como prefeito em exercício em cerimônia realizada na noite da terça-feira (19), na Câmara Municipal da cidade, após o terceiro afastamento do prefeito Jairo Jorge, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
Durante seu discurso de posse, Dr Nedy, afirmou que vai trabalhar pela legalidade nos processos da Prefeitura de Canoas. Marques também afirmou que uma de suas primeiras ações como chefe do Executivo canoense será realizar uma sindicância para averiguar a situação dos cofres públicos do município.
“Hoje eu assumo pela terceira vez como prefeito municipal aqui no município de Canoas. E o que me chama atenção e possivelmente vai chamar a atenção das pessoas, que abanam quando a legalidade passa, que gostam de ver a lealdade transitando no meio do povo, é que eu estou assumindo pela terceira vez em consequência de atos de corrupção do cidadão que se elegeu ao meu lado. Quero agradecer a população de Canoas, que tenho certeza absoluta, e hoje pelo que enxergo neste mapa aqui na minha frente, tenho certeza que a maioria do povo estava ao meu lado”, destacou.
Após passar por procedimento cirúrgico em um hospital de Porto Alegre, Dr Nedy também destacou em seu discurso a situação enfrentada pela população nos hospitais de Canoas. “Lamentavelmente nós entramos em qualquer bairro da cidade e o choro é sempre o mesmo, pessoas sofrendo de dor, pessoas atrás de vagas em hospital, pessoas atrás de uma cirurgia e eu se não tivesse recursos para pagar teria morrido. E os corruptos não param nunca de botar no bolso o dinheiro do povo”, enfatizou.
Afastamento de Jairo Jorge
Em novembro, o TRF4 decidiu, por maioria, pelo afastamento do prefeito Jairo Jorge (PSD) do comando de Canoas, em função de processo referentes à Operação Copa Livre. Já em dezembro, a defesa de Jairo Jorge protocolou um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O pedido foi negado pelo ministro Sebastião Reis Júnior, titular da 6ª Turma do STJ. O objetivo do pedido era que mandatário não cumprisse o afastamento temporário, iniciado no dia 24 de novembro, após decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
