Os números podem não trazer o tão esperado otimismo para o Ministério da Fazenda, mas podem não ser tão ruim assim. Nesta quarta-feira, 19, o Banco Central divulga o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de outubro, adiado da semana passada por conta do movimento de paralisação dos funcionários da autoridade monetária. Mesmo assim, a atividade econômica começou o quarto trimestre deste ano com uma desaceleração já esperada pela equipe econômica.
Entretanto, o Ministério da Fazenda segue calculando que as estatísticas de novembro e dezembro mostrarão a economia ganhando mais fôlego. Isto porque o setor de serviços impactou negativamente o desempenho da economia no começo do último trimestre.
REVISÃO
Conforme divulgado no início de dezembro pelo IBGE na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), a prestação de serviços recuou 0,6% no mês retrasado, na comparação com setembro e no cálculo já livre de fatores sazonais. Já as vendas do varejo restrito apresentaram queda de 0,3%, enquanto no caso do varejo ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o recuo foi de 0,4%. A indústria teve, aparentemente, desempenho positivo.
Em novembro, o Ministério da Fazenda já havia revisado para baixo a sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de 3,2% para 3%, em função da política monetária contracionista e do cenário externo. Entretanto, a perspectiva na época era de que haveria aceleração no ritmo da atividade no período graças ao desempenho de subsetores menos sensíveis para o cenário do período do ano e do consumo das famílias, influenciado pelo aumento da massa de renda real do trabalho e das melhores condições no mercado de crédito.