Mercado reduz projeção de inflação e sinaliza taxa abaixo dos 4,5%, diz Focus

Crescimento do Produto Interno Bruto se manteve em 2,92% no ano

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Os analistas do mercado financeiro reduziram a expectativa de inflação para 2023, de 4,51% para 4,49%, sendo a primeira vez que os analistas apostam em um indicador abaixo de 4,5% desde junho do ano passado. A informação consta no Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, 18, pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia, e que manteve o Produto Interno Bruto em 2,92%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2024, a previsão de crescimento da economia do mercado financeiro também se manteve em 1,51%.

No caso da inflação para 2023, as estimativas se afastam do teto das metas feitas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3,25% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano. Para 2024, o mercado financeiro manteve em 3,93% sua estimativa para a inflação do próximo ano. No próximo ano, a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

No caso da taxa de juros, a projeção para a taxa Selic ficou em 11,75% ao ano em 2023. Para o fechamento de 2024, a estimativa para o juro básico da economia seguiu 9,25% ao ano. A projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 recuou para R$ 4,93. Para o fim de 2024, ficou em R$ 5. Quanto ao saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de R$ 78,8 bilhões para US$ 79,8 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo avançou de US$ 68,5 bilhões para US$ 69 bilhões.