Governo Federal projeta investimentos de até R$ 8 bilhões em rodovias federais do Rio Grande do Sul

Paulo Pimenta acredita que aproximadamente R$ 1 bilhão já tenha sido utilizado para auxílio aos municípios atingidos pelas chuvas de setembro e novembro no RS

Foto: Samuel Maciel/Arquivo/Correio do Povo

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, declarou na manhã desta segunda-feira que o Governo Federal pretende concluir em 2024 a duplicação do trecho Sul da BR-116, entre Porto Alegre e Pelotas. Conforme Pimenta revelou no programa Bom Dia, da Rádio Guaíba, o volume de investimentos feitos nas rodovias federais gaúchas em 2023 pelo atual governo é maior do que o realizado em quatro anos do governo anterior.

“Acho que esse é um dado importante para que os nossos ouvintes possam ter clareza sobre o nosso compromisso. Porque o administrador público mostra a sua prioridade através das escolhas que ele faz na execução do orçamento. E nós retomamos com muita intensidade o conjunto de obras, o conjunto de projetos que nós tínhamos no Rio Grande do Sul, entre eles destaco a BR-116”, analisou o Ministro.

De acordo com Paulo Pimenta, já foi dada a largada para o prolongamento da BR-448, importante via que atualmente liga a Capital a Sapucaia do Sul, que serve como alternativa a BR-116, constantemente afetada por congestionamentos.

“Já contratamos as empresas que estão trabalhando no projeto da extensão da BR-448. É uma outra obra extraordinária para a Região Metropolitana e que nós queremos levá-la até Portão. Então essa obra é uma obra, eu diria assim, é talvez a mais importante para a Região Metropolitana. Até junho do ano que vem as empresas contratadas têm o prazo para nos entregar um projeto executivo já com orçamento, com licença ambiental para que nós possamos proceder com a licitação. É uma prioridade do governo do presidente Lula o trecho 2 da BR-448”, anunciou.

Sobre a nova ponte do Guaíba, ainda não concluída totalmente, o ministro revelou que o Governo dialoga com a Prefeitura de Porto Alegre e o Governo do Estado para o término das alças de acesso.

Conforme Pimenta, os investimentos previstos em obras de infraestrutura na malha rodoviária federal do Rio Grande do Sul podem chegar a R$ 8 bilhões durante o mandato atual. Além da conservação das estradas, o dinheiro será investido em duplicações, implantação de novos trechos e reforma de pontes em diversos pontos estratégicos espalhados pelo estado.

Regulação das mídias

Questionado sobre a invasão da conta da primeira dama, Janja da Silva, na rede social X (antigo Twitter), feita semana passada, Pimenta defende a criação de uma lei que regule as mídias sociais. Segundo ele, é necessário que as plataformas como o X, Facebook, Instagram, dentre outras, sejam responsabilizadas pelas infrações cometidas e que ‘encontrem um ponto de equilíbrio’ para se adequarem à legislação de cada país onde estão presentes.

“O Brasil é hoje o segundo mercado dessas plataformas no mundo. Nós somos hoje um grande mercado para essas plataformas. E não temos no Brasil uma legislação que nos dê segurança. Nós não estamos falando aqui sobre conteúdo, não estamos falando aqui sobre analisar o que pode e o que não pode, nós estamos falando de regulação do sistema”, ressaltou.

Recursos para municípios atingidos por enchentes

Ainda conforme Paulo Pimenta, o Governo destinou cerca de R$ 1,7 bilhões para os municípios atingidos pelos eventos climáticos dos últimos meses, no Estado. Deste recurso, a maior parte já foi utilizada em apoios de ajuda humanitária, desobstrução, limpeza e reconstrução, dentre outros. Segundo ele, questões burocráticas travam a destinação do total do montante.

“Eu acredito que desse R$ 1,7 bilhão, talvez a gente já tenha utilizado em torno de R$ 1 bilhão, mas o dinheiro está disponível. Todos os dias tem a liberação de recursos, aprovação de projetos, aprovação de operações de crédito e, se for necessário, o presidente Lula já disse, nós estamos à disposição para complementar esse recurso. Nós queremos ser parceiros da comunidade, do Governo do Estado e das prefeituras, para que esse momento que a gente está vivendo possa passar o mais rapidamente possível”, concluiu.