Pesquisa revela otimismo dos executivos de finanças gaúcho

Entrevistados registraram preocupação com o ambiente político, que teve uma confiança negativa

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Os executivos de finanças gaúchos estão otimistas com as perspectivas de desempenho de seus negócios em 2024, porém, pessimistas no que se refere aos cenários econômico e político do próximo ano. É o que sinaliza a inédita pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças Rio Grande do Sul (IBEF-RS) e pela Unisinos/Escola de Gestão e Negócios (EGN), no Índice de Confiança de Executivos de Finanças.

A publicação traz um índice que capta a expectativa dos executivos financeiros sobre perspectivas futuras do ambiente de negócios no Rio Grande do Sul. Conforme os números, a confiança dos executivos financeiros totalizou 0,09, valor quase neutro pelos indicadores utilizados, demonstrando certa indiferença em relação ao futuro.

Os entrevistados registraram como a maior preocupação o ambiente político, que teve uma confiança negativa de -2,16 para o máximo de -5,0. Em relação à perspectiva da economia, o resultado também foi levemente negativo: -0,46. A confiança maior dos executivos de finanças gaúchos está na própria empresa em que atuam, com expectativa favorável de 1,68 e no setor da própria empresa, com 1, 29.

REFORMA TRIBUTÁRIA

O ICFin tem como objetivo mostrar a confiança dos executivos de finanças gaúchos quanto ao desempenho do País e dos negócios nos próximos 12 meses. A escala vai de -5 a 5 pontos, sendo +5 a máxima confiança e -5 total falta de confiança. O estudo mostra ainda a percepção dos executivos de finanças com relação a itens com PIB, inflação, Juros e Câmbio e Perspectivas de Investimentos e Fontes de Financiamento.

Um dos fatores que contribuem para a insegurança é a atual discussão sobre a Reforma Tributária. O Senado aprovou neste mês a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, que institui o novo sistema de tributação do consumo no País. O texto passará pela análise da Câmara e a expectativa é de que a emenda constitucional seja promulgada no fim deste ano. Segundo Odivan Cargnin, presidente do IBEF-RS, a próxima edição da pesquisa deve captar melhor a avaliação dos executivos sobre o texto aprovado. Da mesma forma, a pesquisa também deve refletir com maior profundidade os impactos da guerra entre Hamas a Israel, deflagrada em outubro.