A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a Operação Púrpura, em repressão o tráfico ilegal de fauna silvestre no Rio Grande do Sul. São cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, além de cinco ordens de prisão preventiva, em Porto Alegre, Cachoeirinha e Gravataí. A ação também ocorre em São Paulo e Ribeirão Preto.
Até o momento um suspeito foi preso em Cachoeirinha e outro em São Paulo.
Foram apreendidas dez tartarugas e seis pássaros. As aves são um cardeal, um azulão, um trinca-ferro, um coleirinho, um tico-tico rei e um canário da terra.
A investigação revelou a existência de uma associação criminosa especializada no tráfico de animais silvestres. Os suspeitos atuam no transporte de animais capturados em diversos estados brasileiros e enviados ao RS, como saguis, macacos-prego, iguanas, araras, tucanos, entre outros.
O principal alvo é o líder do grupo, que ainda não foi preso. Ele atua há mais de 20 anos no comércio ilegal da fauna brasileira e já foi flagrado em 15 ocorrências de transporte de animais silvestres.
No estado gaúcho o grupo atua no transporte de aves da região da Campanha, especialmente o cardeal de cabeça vermelha. A espécie é ameaçada de extinção.
As aves são transportadas para a região Metropolitana de Porto Alegre para abastecer o comércio local ou enviadas para a região Sudeste do país.
O nome escolhido para a operação faz alusão à cor da cabeça e do topete do pássaro cardeal, um dos mais traficados pelo bando. Segundo a PF, o animal acaba sendo alvo de traficantes pelo valor que atinge no mercado ilegal.