A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que acompanhou a expectativa do mercado financeiro e anunciou nesta quarta-feira, 13, o quarto corte consecutivo da taxa Selic em 0,50 ponto percentual faz com que os juros básicos da economia encerrem o ano em 11,75% ao ano. Isso faz com que a Selic complete uma queda de dois pontos percentuais desde janeiro, o que ameniza os custos para quem precisa tomar crédito, mas torna menos atrativa a vida do investidor.
Para os poupadores, a sistemática de remuneração se mantém a mesma dos últimos meses pois, desde 2012, sempre que a taxa básica de juros supera 8,5% ao ano, a rentabilidade da caderneta é fixada em 0,5% ao mês – ou 6,17% ao ano – mais a variação da TR (Taxa Referencial). O cenário se manterá enquanto a taxa básica não cair abaixo de 8,50%. Nessa situação, o retorno da caderneta voltará a ser de 70% da Selic mais TR.
Entretanto, a poupança passará a ter um retorno um pouco menor com a Selic foi para 11,75% ao ano por seu impacto no cálculo da TR. Um investimento inicial de R$ 10 mil na poupança, por exemplo, teria uma rentabilidade de R$ 639 um ano depois, mas com a Selic em 12,25%, o valor final teria um acréscimo de R$ 719. Já uma aplicação de R$ 10 mil no Tesouro Selic 2029 – título público disponível para investimento no Tesouro Direto – renderia R$ 965 em um ano, já descontando taxas e impostos.
CDB
Em um CDB que rendesse o equivalente a 110% do CDI – indicador que costuma render 0,1 ponto percentual abaixo da Selic – o retorno do investidor seria maior. Agora que a Selic está em 11,75%, uma a aplicação de R$ 10 mil alcançaria um valor final de R$ 11.062 em um ano, de 12.330 em dois e de 13.637 em três anos, já considerando o desconto do Imposto de Renda.
A remuneração dos CDBs varia de acordo com a instituição emissora e também com o prazo de vencimento. entre 22 de novembro e 5 de dezembro, a taxa média dos CDBs pós-fixados variava entre 99,95% e 101,78% do CDI.
