Prefeitura de Novo Hamburgo interdita ciclovia da Trensurb na avenida Nações Unidas

Conforme a prefeitura, a empresa foi notificada mas não tomou medidas para garantir a segurança dos usuários da estrutura

Foto: Prefeitura de Novo Hamburgo / Divulgação

A Prefeitura de Novo Hamburgo interditou, nessa terça-feira (12), a ciclovia administrada pela Trensurb, no trecho da avenida Nações Unidas, com avenida Primeiro de Março e a Rua Cinco de Abril. Conforme a secretária de obras públicas e serviços urbanos e viários da cidade, Greyce da Luz, a empresa foi notificada mas não tomou medidas para garantir a segurança dos usuários da estrutura.

De acordo com a titular da pasta, o município chegou a entrar na Justiça pedindo a execução dos serviços necessários devido à falta de respostas. Os contatos se iniciaram há quase cinco anos. “Desde 2019 a gente vem tentando, administrativamente, resolver esse assunto com a Trensurb. Já fizemos reuniões aqui na própria prefeitura, foram enviados ofícios, e a gente está buscando essa solução e não consegue. Neste ano ainda foi feita uma última notificação extrajudicial dando o prazo para execução, mas a Trensurb sequer respondeu a notificação. Como a gente não teve retorno, resolvemos fazer a interdição para garantir a segurança dos usuários”, detalhou.

Ainda conforme Greyce da Luz, foi proposta uma espécie de parceria para o conserto da ciclovia. Em um primeiro momento, a Trensurb chegou a adotar medidas, mas acabou interrompendo as intervenções. “Inicialmente quando começaram a surgir os buracos, a gente solicitou que eles nos dessem o material, algumas pedras com granulometria suficiente para fechar os buracos, para que não entrassem dentro do arroio, e que nós faríamos a execução do serviço. Em alguns momentos eles chegaram a largar algumas cargas de pedras ao longo do trecho do arroio e a gente fez a execução. Só que as pedras que eles largavam ali eram de dimensões menores do que os vãos que existem entre as placas de concreto no arroio. Então não é o material adequado porque ele vai passando pelo vão das placas e acaba abrindo o buraco novamente. E nem isso mais eles conseguiram nos atender, nem os materiais eles estavam nos entregando”, disse.

A titular da pasta não estipulou um tempo para a retomada das atividades no local, condicionando a solução do caso a uma resposta do Judiciário. Enquanto não há desdobramentos, segue interditado o trecho de 2,5km. “Nós encaminhamos um pedido de liminar para o Judiciário, com obrigação de fazer [a obra] da Trensurb, ou que o juiz nos autorize a executar as obras e depois a repassar esses custos para a Trensurb. Só que infelizmente esse pedido ainda não foi analisado. Então, enquanto a gente não tem esse retorno, do que será feito e de quem irá executar, a gente resolveu fazer a interdição. Então, no momento, eu não tenho como prever uma data para a execução das obras, nem se será a prefeitura a Trensurb quem fará. A gente está neste momento, com essa indefinição”, revelou.

Segundo Greyce da Luz, no momento não há intenção do município buscar a cessão da ciclovia por causa das muitas irregularidades observadas. O valor para a execução das obras necessárias para a recuperação da estrutura é considerado ‘inviável’ por Greyce, que acredita ter ocorrido uma falha na construção. Ela teme que novos volumes altos de chuvas possam facilitar o surgimento de novos buracos e desníveis na ciclovia.