Integração entre diversos modais de transporte é fundamental para linhas de ônibus voltarem a ser atraentes, afirma Capeluppi

Governo realizou primeira reunião de trabalho para projetar concessão do transporte metropolitano, nessa terça-feira

Foto: Sogil/Divulgação

O Governo do Estado deu a largada nessa terça-feira (13) visando a construção do projeto para a concessão do transporte das linhas de ônibus da Região Metropolitana. Estiveram presentes no ato o vice-governador Gabriel Souza, representantes das equipes da Secretaria de Parcerias e Concessões (Separ), da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur) e da Metroplan. A elaboração do plano ficará a cargo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com Pedro Capelluppi, secretário estadual de Parcerias e Concessões do Estado, a meta do primeiro encontro foi apresentar os responsáveis pelo processo para a implantação das futuras parcerias. “Foi uma reunião muito importante, marca o início do trabalho da estruturação para fazer a concessão do transporte metropolitano. Isso é comum nas nossas estruturações de projeto, colocar todos os atores envolvidos na mesma mesa junto com a consultoria contratada, para a gente desenhar e debater cronograma e todas as etapas para a gente garantir que lá em 18 meses a gente tenha a licitação acontecendo”, revelou.

Capeluppi avaliou o dilema de melhorar e modernizar o transporte urbano metropolitano, ao mesmo tempo que é crescente a evasão de passageiros dos ônibus. Para ele, o estudo será importante na busca de metodologias que tornem atraente o sistema. “É um desafio, de fato. O papel da consultoria da FGV é nos ajudar trazendo exemplos e melhores práticas que vêm sendo adotadas em outros lugares também, para a gente conseguir fazer um desenho de rede que consiga atender toda a população, que tenha o menor custo possível para a gente desenhar um serviço, que tenha uma tarifa justa também para o usuário e uma qualidade do serviço que volte a atrair passageiros”, declarou.

Ainda segundo o titular da Separ, a integração do sistema de ônibus com outros modais de transporte é uma alternativa para os ônibus metropolitanos voltarem a ser levados em conta pelos usuários. “Sem dúvida, a integração é fundamental nesse processo. A gente costuma tratar de maneira separada o transporte municipal do transporte metropolitano, mas a verdade é que para o cidadão não importa quem é o responsável por prover aquele ônibus, o importante para o cidadão é pegar o ônibus e chegar no trabalho. Então nós temos que ter a capacidade de proporcionar a maior integração possível do serviço, tanto dos ônibus, como o transporte fluvial e o trem”, avaliou Capeluppi.

Segundo o Governo, as empresas responsáveis por essas linhas de ônibus operam com contratos considerados precários. A futura concessão, mediante licitação, abrangerá 34 municípios da Região Metropolitana. A publicação do edital para definir quais empresas ou consórcios atuarão nas linhas está previsto para ocorrer em 2024.