IPCA atinge 0,28% em novembro, diz IBGE

Em Porto Alegre, o indicador teve avanço de 0,04%, com alta de 3,69% em 2023 e 5,06% em 12 meses

Crédito: Freepik

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro apresentou uma elevação de 0,28%, superando em 0,04 ponto percentual a taxa de outubro (0,24%) mas dentro das expectativas dos analistas de mercado. No ano, o IPCA acumula alta de 4,04% e, nos últimos 12 meses, de 4,68%, sendo que em novembro de 2022, a variação havia sido de 0,41%. Em Porto Alegre, o indicador chegou a um avanço de 0,04%, acumulando alta de 3,69% em 2023 e 5,06% em 12 meses. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os preços de seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro. A maior variação (0,63%) e o maior impacto (0,13 ponto percentual) vieram de Alimentação e bebidas. Os grupos Habitação (0,48%) e Transportes (0,27%) contribuíram com 0,07 ponto percentual e 0,06 ponto percentual, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre o -0,50% de Comunicação e o 0,58% de Despesas pessoais.

O grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 0,63% em novembro, após subir 0,31% em outubro. A alimentação no domicílio subiu 0,75% em novembro, influenciada pelas altas da cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%), arroz (3,63%) e carnes (1,37%). No lado das quedas, os destaques foram o tomate (-6,69%), a cenoura (-5,66%) e o leite longa vida (-0,58%).

ALIMENTAÇÃO

alimentação fora do domicílio (0,32%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,42%). A alta da refeição (0,34%) foi menos intensa que a de outubro (0,48%). Já o subitem lanche (0,20%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,19%). No grupo Habitação (0,48%), os preços da energia elétrica residencial (1,07%) subiram, por conta dos reajustes em quatro áreas: Goiânia (6,13%), reajuste de 5,91% a partir de 22 de outubro; Brasília (4,02%), de 9,65% a partir de 22 de outubro; São Paulo (2,80%), de 6,79% em uma das concessionárias pesquisadas, a partir de 23 de outubro; e Porto Alegre (0,91%), de 1,41% em uma das concessionárias pesquisadas, a partir de 22 de novembro.

Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (1,02%) foi influenciada pelos reajustes de 14,43% em Fortaleza (13,41%), a partir de 29 de outubro; e de 10,23% no Rio de Janeiro (7,60%), a partir de 8 de novembro. Já o gás encanado subiu 0,29%, por conta do reajuste médio de 0,98% no Rio de Janeiro (0,94%), com vigência desde 1º de novembro.

No grupo dos Transportes (0,27%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços da passagem aérea (19,12%), subitem com a maior contribuição individual (0,14 ponto percentual) no índice do mês. Quanto aos combustíveis (-1,58%), o óleo diesel (0,87%) e o gás veicular (0,05%) tiveram alta, enquanto os preços da gasolina (-1,69%) e do etanol (-1,86%) caíram.

REGIONAIS

Ainda em Transportes, a alta do táxi (2,22%) decorre dos reajustes de 6,67% em São Paulo (6,02%), a partir de 28 de outubro, e de 20,84% em Porto Alegre (5,69%), a partir de 9 de outubro. Em função da gratuidade nos transportes metropolitanos concedida à população de São Paulo (0,42%) nos dias das provas do ENEM (05 e 11 de novembro), houve redução de 6,45% nos subitens trem, metrô, ônibus urbano e integração de transporte público. Em Salvador houve alta nos subitens ônibus urbano (3,52%) e integração transporte público (2,59%), em função do reajuste de 6,12% nas passagens, a partir de 13 de novembro.

Nos índices regionais, quatro áreas apresentaram variações negativas em novembro. O menor resultado foi em São Luís (-0,39%), influenciado pela queda de 3,92% na gasolina. Já a maior variação foi observada no Rio de Janeiro (0,57%), influenciada pelas altas da passagem aérea (21,17%) e da taxa de água e esgoto (7,60%).

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 31 de outubro a 30 de novembro de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de setembro a 30 de outubro de 2023 (base).O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.