Reuniões do G20 começam nesta segunda-feira em Brasília

Reuniões em Porto Alegre acontece entre os dias 12 e 14 de junho

Crédito: Divulgação/Loft

O Brasil inaugura nesta semana as reuniões do G20, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, sendo nos dias 11 e 12 de dezembro (Trilha de Sherpas) e nos dias 14 e 15 de dezembro (Trilha de Finanças). Elas se reúnem de forma independente e, no dia 13, realizam, de forma inédita, um encontro conjunto para alinhar os temas que serão discutidos durante o ano. Nas cúpulas anteriores, o encontro entre as duas trilhas acontecia somente na cúpula final da presidência dos países. Os encontros acontecem em 13 cidades-sede que irão receber as reuniões dos grupos de trabalho do G20, sendo Porto Alegre uma delas, entre os dias 12 e 14 de junho o Grupo de Trabalho de Cultura.

No caso da reunião conjunta das Trilhas, além de definir os métodos e fluxos dos trabalhos durante o ano, serão discutidas as prioridades da presidência brasileira em seu mandato: o combate à fome, à pobreza e à desigualdade; o desenvolvimento sustentável e as mudanças climáticas e a reforma da governança global. As reuniões são fechadas, com participação somente dos emissários dos países-membros para cada Trilha. Ao final de cada dia, porta-vozes brasileiros participantes das reuniões apresentarão à imprensa um briefing (resumo) dos assuntos que foram discutidos.

“São duas Trilhas que se integram. A ideia é que tenhamos a capacidade de convergência para uma cúpula dos líderes no final da presidência que adote as decisões que foram negociadas ao longo do período”, explicou Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores e sherpa brasileiro no G20 em workshop para jornalistas estrangeiros realizado em Brasília.

Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda e coordenadora da Trilha de Finanças, indicou que a presidência brasileira da cúpula é uma oportunidade para incluir aspectos socioambientais na agenda de finanças. “Buscamos trazer a desigualdade para o centro da agenda. É uma grande oportunidade o olhar de uma globalização solidária, da transformação ecológica para o núcleo da agenda econômica e financeira”, pontuou Rosito durante o workshop.

A reunião da Trilha de Sherpas terá como participantes os sherpas dos países membros. Os sherpas são emissários pessoais dos líderes do G20, que supervisionam as negociações, discutem os pontos que formam a agenda da cúpula e coordenam a maior parte do trabalho. Na Trilha Finanças, os participantes são os vice-ministros da Economia e vice-presidentes dos Bancos Centrais dos países membros.

Ao longo do mandato brasileiro estão previstas mais de 100 reuniões dos grupos de trabalho e forças-tarefa que compõem o G20, tanto presenciais quanto virtuais, das duas trilhas (de Sherpas e de Finanças), em nível técnico e ministerial, em cidades-sede das cinco regiões do Brasil. O ponto alto será a cúpula que será realizada no Rio de Janeiro.

REUNIÕES MINISTERIAIS

Nos dias 21 e 22 de fevereiro de 2024 será realizada a primeira reunião ministerial da Trilha de Sherpas, no Rio de Janeiro. O encontro presencial estará sob a coordenação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Ainda em fevereiro, nos dias 28 e 29, é a vez de São Paulo sediar a reunião ministerial da Trilha de Finanças. Também de forma presencial, o evento terá a coordenação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Neste evento, a capital paulista vai receber ministros de finanças e presidentes de bancos centrais das maiores economias do mundo.

Os eventos programados incentivam a participação de líderes e populações locais, empresas e organizações, e representam um passo significativo na descentralização da diplomacia global e contribuem para soluções mais equitativas e sustentáveis sobre uma base de diversidade e entendimento mútuo. O G20 no Brasil em 2024 não é apenas um evento, mas uma oportunidade de redefinir as relações internacionais em um contexto mais inclusivo e participativo.