Prestes a completar 80 anos, o Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre passará por obras para a revitalização na sua estrutura e ampliação de sua capacidade. Com custo estimado em R$ 140 milhões, o projeto foi apresentado na manhã desta segunda-feira (11) pela diretora-geral do hospital Tatiana Breyer. O ato contou com a presença de servidores da instituição, autoridades, entidades de classe e o prefeito Sebastião Melo. Conforme Melo, a Prefeitura pretende criar um comitê especial voltado exclusivamente para a questão.
De acordo com o chefe do Executivo municipal, “nenhuma alternativa será descartada” para a captação dos recursos necessários, inclusive a sensibilização de diversos setores da sociedade. “Primeiro, é a questão dos imóveis de Porto Alegre, que nós temos um conjunto interessante que pode destinar parte desses móveis e recursos para cá. Segundo, o setor empresarial do RS, eu não tenho dúvida nenhuma que vai responder. E terceiro, é o poder público, ou seja, as emendas principais dos vereadores e deputados que têm ligação com o Pronto-Socorro. Eu também vou conversar com o poder judiciário. O judiciário tem demonstrado aí no seu orçamento a possibilidade, às vezes, de aplicar recursos que sobram no final do ano para alguns projetos especiais”, declarou.
O secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, elencou que a prioridade na nova estrutura que será construída, um prédio com oito andares, deve ser o setor de traumatologia. “Eu acho que o mais importante é a gente modernizar a estrutura de um hospital de trauma porque o Hospital de Pronto-Socorro é referência no estado do Rio Grande do Sul para todas as emergências, 24 horas em oftalmologia, na UTI de queimados, nos traumas de alta complexidade, buco maxilo-facial, são algumas áreas que é importante de fazer. E esse prédio vai possibilitar que a gente tenha uma capacidade de giro de leito, acomodar melhor as pessoas e com certeza fazer um atendimento melhor a toda a população de Porto Alegre e do Estado”, avaliou Ritter.
A diretora-geral do HPS, Tatiana Breyer, explicou que o projeto consiste em duas etapas, o Retrofit e a expansão, que garantirá a duplicação dos leitos, passando dos atuais 95 para 200. “O Retrofit, que é a revitalização do prédio histórico, vai ser garantido pela prefeitura. É um projeto que foi contratado, ainda não finalizou, mas a gente tem todo o desenho para ele ser finalizado até o final do mês e entra em execução a partir de janeiro do ano que vem, para a gente poder fazer essas entregas nos 80 anos do HPS. Aí o projeto de expansão parte dessa atividade e vai depender também da captação de recursos”, revelou.
Além de atender a Capital, o HPS também é referência para 156 cidades do Estado. Ao longo de oito décadas de história, o HPS nunca passou por obras de reestruturação em suas dependências. Dos R$ 140 milhões calculados, R$ 110 milhões serão destinados para a construção do novo prédio, R$ 25 milhões para a aquisição de equipamentos e R$ 5 milhões para a reforma. De acordo com a diretora Tatiana Breyer, a entrega defnitiva da nova instituição deve ocorrer entre 2027 e 2028.
