A semana que se inicia carrega as atenções do mercado financeiro para as decisões a serem divulgadas pelo governo dos Estados Unidos e importantes mercados mundiais, como a zona do euro, Reino Unido e México. As principais autoridades monetárias do mundo se reúnem justamente no momento em que os participantes do mercado vêm demonstrando otimismo que os cortes de juros nos Estados Unidos e na Europa podem ser antecipados.
A expectativa de mercado é de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) decida manter na próxima quarta-feira, 13, a taxa básica de juros dos Estados Unidos na faixa entre 5,25% a 5,50%, ao fim da reunião de dois dias de política monetária. Na última reunião, o Fed já optou pela manutenção, e os investidores estarão atentos a qualquer indício de que a autoridade monetária americana pode, eventualmente, iniciar o ciclo de cortes. Nesta divulgação, o Fed também indica suas projeções econômicas para 2023, 2024, 2025 e 2026.
Na quinta-feira, o Banco Central Europeu, do Reino Unido e do México também anunciam suas decisões de juros e os investidores devem coletar os sinais emitidos pelas autoridades para entender se o mundo está mais próximo de um ciclo global de quedas nos juros.
EXTERIOR
O mercado também aguarda a coletiva para a imprensa de Jerome Powell, presidente do Fed, que acontece logo após o anúncio da decisão. Na fala deverão estar contidos alguns sinais sobre os próximos passos da política econômica norte-americana. Na terça-feira, 12, os EUA conhecerão o Índice de preços ao consumidor, com projeção de aumento de 0,1% na comparação mensal e o resultado fiscal do mês de novembro. E, na quinta-feira, 14, os números semanais de auxílio desemprego serão divulgados, bem como os dados de venda no varejo, com expectativa de redução de 0,1% na comparação mensal.
Na Zona do Euro, na quinta-feira, sairá o anúncio de juros pelo Banco Central Europeu (BCE), seguido de entrevista da presidente do BCE, Christine Lagarde. O consenso do mercado é de manutenção da taxa em 4,50%. Enquanto isso, no mesmo dia, sai a decisão de juros do Reino Unido, com o consenso do mercado prevendo a manutenção da taxa em 5,25% pelo Banco Central do Reino Unido (BoE).