O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, não confirmou se será candidato à reeleição em 2024. Ele se manifestou no programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, nesta quinta-feira./
“O projeto que está aí nós vamos levá-lo para eleição, o candidato estamos decidindo será será o Melo, se será o Ricardo (Gomes), se será um terceiro. Agora, eu como conselheiro ou candidato quero discutir a cidade, até porque ideologia não mata fome de ninguém, não resolve vaga em escola, não tapa buraco, não acolhe morador de rua. E tem outro fator para mim é na essência deste debate: eu sou democrata e respeito que você pensa diferente de mim. Para mim, democracia é isto”.
Ao abordar sobre os eventos climáticos dos últimos meses, o prefeito apresentou dados sobre as mais de 800 áreas irregulares na cidade, sobre a falta de equipamento adequado para medir os níveis das águas e monitoramento do clima, e ressaltou as ações que realizou para melhorar o sistema de monitoramento da capital:
“Você não imagina a minha dificuldade para fechar as comportas, porque cada um me dizia uma coisa. Na dúvida eu vou fechar. Ainda bem que fechei na hora certa, mas eu não tinha uma precisão para saber se realmente tinha que fechar, porque não tem instrumentos suficientes. Agora eu contratei um microclima que vai estar instalado em várias regiões da cidade, reatei um convenio com a Metroclima, aumentei 30 servidores na defesa civil, estou arrastando para Gabinete do Prefeito a Defesa Civil”.
Sobre as demandas no plano de gestão do prefeito, ainda há 18 projetos para serem votados na Câmara dos Vereadores, até o dia 22 de dezembro deste ano, quando inicia o recesso parlamentar. Duas pautas polêmicas não estão entre os projetos deste ano: a revisão do plano diretor de Porto Alegre e a proposta de concessão do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). A ideia de privatização de parte do Dmae, passa por reavaliação, desde que censo do IBGE divulgou que a capital gaúcha tem 70mil pessoas a menos do que na última pesquisa, e com isto, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá que recalcular o projeto:
“Há uma perspectiva de até dezembro este projeto chegar ao prefeito, mas eu vou ter que avaliar a questão do ano eleitoral para não contaminar o debate, então eu vou ter que avaliar o que eu vou fazer. A minha posição continua a mesma, é entregar o esgoto para o privado, manter a produção da água na mão do poder público, estender rede, manter tarifa social, regularizar e fazer com que muitas comunidades que não tem água possam ter água e com a velocidade do poder público, não chega. Não vejo crime nenhum em parceirizar”.