IGP-DI tem alta de 0,50% em novembro, diz FGV

Índice acumula queda de 3,91% no ano e de -3,62% em 12 meses

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O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,50% em novembro, apresentando uma leve desaceleração após ter avançado 0,51% em outubro. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 6, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e acumula queda de 3,91% no ano e de -3,62% em 12 meses. Em outubro de 2022, o indicador tinha mostrado queda de 0,18% em outubro, mas acumulava alta de 6,02% em 12 meses.

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV/Ibre, a inflação ao produtor avançou no mês em resposta ao comportamento dos preços de commodities importantes, com destaque para o minério de ferro (de 2,81% para 3,07%), óleo diesel (de 2,33% para 4,14%) e farelo de soja (de 1,72% para 5,60%). Além disso, vários serviços apareceram como maiores influências, especialmente os serviços bancários (de 0,12% para 2,19%).

“Já na construção civil, os preços de materiais, equipamentos e serviços arrefeceram, apresentando uma taxa de variação de 0,09% para -0,10%”, disse Braz em nota.

PREÇOS AO PRODUTOR

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,63% em novembro, acelerando ante a alta de 0,57% no mês anterior. Na análise, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,30% em outubro para 0,01% em novembro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja variação passou de 0,07% para -1,50%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,35% em novembro, contra alta de 0,46% em outubro.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,58% em outubro para 0,52% em novembro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 1,47% para 1,18%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,39% em novembro, ante 0,41%, no mês anterior.

O estágio das Matérias-Primas Brutas teve alta de 1,42% em novembro, após variar 0,85% em outubro. Contribuíram para este movimento os itens: soja em grão (de -2,34% para 0,93%), leite in natura (-6,71% para -4,08%) e café em grão (0,20% para 5,70%). Em sentido oposto, os destaques foram os itens: bovinos (de 8,33% para 0,26%), cana-de-açúcar (2,30% para 0,20%) e algodão em caroço (-2,44% para -4,38%).

PREÇOS AO CONSUMIDOR

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou para 0,27% em novembro, ante 0,45% em outubro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (de 4,07% para 1,38%), Transportes (-0,03% para -0,38%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para -0,02%), Vestuário (0,19% para -0,11%) e Comunicação (-0,03% para -0,09%).

As principais contribuições para este movimento partiram dos itens: passagem aérea (24,87% para 6,56%), gasolina (-0,61% para -2,22%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,50% para     -1,19%), roupas (0,12% para -0,27%) e tarifa de telefone residencial (-0,30% para -0,50%). Em contrapartida, os grupos Alimentação (de 0,05% para 0,47%), Despesas Diversas (0,08% para 1,24%) e Habitação (0,00% para 0,29%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (0,88% para 6,01%), serviços bancários (0,12% para 2,19%) e aluguel residencial  (-0,83% para 0,62%).

CONSTRUÇÃO

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,07% em novembro, ante 0,20% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (0,03% para -0,15%), Serviços (0,61% para 0,29%) e Mão de Obra (0,36% para 0,32%).