A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projetou estabilidade para o cenário econômico do País diante do crescimento do Produto Interno Bruto neste terceiro trimestre de 2023. Com base nos dados do terceiro trimestre, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a CNC revisou a projeção de crescimento de +2,8% para +3,0% no PIB, em 2023, alavancado pelo consumo das famílias, que avançou 3,5% ante o ano passado, e pelo setor de serviços, que cresceu +3,2%.
Segundo o presidente da Confederação, José Roberto Tadros, o consumo familiar é o principal responsável pelo avanço do PIB pela ótica da demanda no terceiro trimestre (+1,1%). “A crescente massa real de rendimentos do trabalho, juntamente com o início da flexibilização da política monetária, estimulou os gastos dos consumidores finais. Essa foi a maior variação desse agregado das contas nacionais trimestrais”, explicou Tadros.
Os avanços mais expressivos do comércio e dos serviços nos últimos meses são justificados pela desaceleração dos índices gerais de preços. O economista da CNC e responsável pela análise, Fabio Bentes, avalia que “observou-se que os preços médios no comércio (+2,0%) e no setor de serviços (+5,5%) apresentaram variações significativamente inferiores em comparação ao mesmo período do ano passado, que registrou +10,1% e +8,5%, respectivamente. Sob a ótica da oferta, destaca-se o setor de serviços (+2,4%). Para 2024, a CNC projeta um avanço mais modesto (+1,8% em relação a 2023), por conta da base comparativa mais alta”.