Cadeia Pública de Porto Alegre é desocupada para última fase das obras

Com a desocupação dos três últimos pavilhões antigos da unidade, A, B e F, a empresa contratada realizou a execução da demolição das galerias

Com a desocupação da CPPA, prosseguem os trabalhos de demolição, limpeza, preparação do terreno e execução dos módulos restantes - Foto: Gustavo Mansur/Secom

Começou nesta quarta-feira a demolição dos pavilhões A e B, os últimos que restavam na Cadeia Pública de Porto Alegre. O estabelecimento foi totalmente esvaziado para a etapa final das das obras. A reestruturação do antigo Presídio Central foi iniciada em julho do ano passado e conta com investimento total de R$ 116,7 milhões. A construção deve ser finalizada no segundo semestre de 2024.

O governador Eduardo Leite destacou que, assim como na recém inaugurada penitenciária de Charqueadas, as celas da Cadeia Pública não vão ter tomadas. A medida impede o uso de celular e dificulta a entrega de objetos ilícitos feita por drones. “A nova estrutura possibilitará mais dignidade para os servidores e para as pessoas em cumprimento de pena, além de promover o reforço na fiscalização e o enfraquecimento das organizações criminosas”, destacou.

Ainda segundo Leite, a parte externa da cadeia terá torres de controle e serviços que abrangem reservatórios, casa de bombas, central de gás, e um gerador de água quente e de energia. O setor interno terá área construída de cerca de 14 mil metros quadrados, com nove módulos de vivência, onde ficarão as celas e os locais para atividades do cotidiano das pessoas presas. O governador destacou que a construção da Penitenciária de Charqueadas II permitiu  deslocar os detentos que estavam na Cadeia Pública de Porto Alegre.

“Presídio Central já está totalmente desocupado. Vamos ter a demolição dos blocos ainda remanescentes, onde ainda tínhamos apenados. A partir dessa nova estrutura o Estado passa  efetivamente cumprir o seu dever de restringir a liberdade, de privar da liberdade sem permitir a atuação dentro dos presídios do crime e ter a melhor oportunidade de promover a ressocialização, reeducar esses presos para que possam voltar ao convívio social”, destacou Leite.

O superintendente dos Serviços Penitenciários, Mateus Schwartz, destacou que os últimos 586 detentos da casa prisional foram retirados na segunda-feira. Os presos foram transferidos para a Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) e Penitenciária Estadual de Charqueadas 2 (PEC 2), inaugurada no dia 27 de novembro.

“A desocupação da Cadeia Pública de Porto Alegre é mais um marco no sistema. Uma operação complexa como essa ocorreu sem problemas, graças a um planejamento minucioso, à qualificação dos nossos grupos táticos e à integração com as outras forças de segurança”, declarou Schwartz.

  • Com apoio de Marcel Horowitz