Renda média do trabalhador sobe 1,7% no trimestre encerrado em outubro, diz IBGE

Valor médio real do trabalhador brasileiro foi estimado em R$ 2.999

Foto: Guilherme Almeida / CP

O rendimento médio real do trabalhador brasileiro foi estimado em R$ 2.999, um crescimento de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em junho e de 3,9% frente ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Uma das explicações, de acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE. Beringuy, é a expansão continuada entre ocupados com carteira assinada, posição na ocupação normalmente com rendimentos maiores. “Ou seja, a leitura que podemos fazer é que há um ganho quantitativo, com um aumento da população ocupada, e qualitativo, com o aumento do rendimento médio”, conclui.

Acompanhando o aumento do rendimento médio, a massa de rendimento atingiu novamente o maior patamar da série histórica da pesquisa, ao ser estimada em R$ 295,7 bilhões. Frente aos três meses anteriores, o aumento foi de 2,6%. Na comparação com o trimestre encerrado em outubro de 2022, uma expansão de 4,7%.

A PNAD Contínua também mostrou que a taxa composta de subutilização ficou em 17,6% no trimestre encerrado em outubro de 2023, uma queda de 2,5 pontos percentuais ante o mesmo trimestre de 2022. Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando fechou em 17,4%. Dessa forma, a população subutilizada ficou em 20,1 milhões de pessoas, um recuo de 14% frente ao mesmo período de 2022. Já a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas foi de 5,3 milhões, queda de 14% no ano. A população fora da força de trabalho, por sua vez, foi de 66,8 milhões, um crescimento de 3,2% (mais 2,1 milhões) ante o mesmo tri de 2022.

Já a população desalentada foi de 3,5 milhões, queda de 4,6% ante o trimestre anterior e 17,7% no ano, sendo o menor contingente desde o trimestre encerrado em setembro de 2016, quando foi de 3,5 milhões. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada foi de 3,1%, queda nas duas comparações (0,2 ponto percentual no trimestre e 0,6 ponto percentual no ano) e é a menor taxa desde o trimestre encerrado em julho de 2016, quando também marcou 3,1%.