Consumo em supermercados cresce 2,89% em outubro, aponta Abras

Na comparação anual, de outubro de 2023 com o mesmo mês de 2022, a variação é menor, de 0,61%

Foto: Pedro Revillion / CP Memória

O consumo dos lares brasileiros tem crescido de forma positiva e contínua. A afirmação é do vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Márcio Milan, feito nesta quinta-feira, 30, apontando que houve um aumento “bastante representativo”, de 2,89% em outubro de 2023, em relação a setembro, elevando o acumulado do ano até agora em 2,64%, acima da expectativa da entidade, de 2,5%. Na comparação anual, de outubro de 2023 com outubro de 2022, a variação é menor, de 0,61%.

“O consumo vem escalando de forma contínua e positiva e, no acumulado de janeiro a outubro, está acima de nossa projeção. A tendência é de crescimento um pouco mais acima, em novembro e dezembro”, afirmou o dirigente. Ele também ressaltou que outubro de 2022 teve uma base comparativa forte, de alta de 3,02%.

Para o vice-presidente da Abras, alguns dos fatores que influenciaram o desempenho foram programas de transferência de renda do governo, como o Bolsa Família e o Auxílio Gás. Também contribuíram para o indicador os lotes residuais da restituição do imposto de renda e pagamentos a beneficiários do INSS, além da queda na taxa de desemprego.

CESTA DE PRODUTOS

O Indicador Abrasmercado, cesta dos 35 produtos de largo consumo nos supermercados monitorado pela Abras teve queda de 5,08% em outubro deste ano, na comparação com o mês de 2022. No acumulado de 2023, o recuo é de 6,4%. Na comparação mensal, de outubro com setembro de 2023, houve alta de 0,1%.

Os produtos que tiveram as maiores quedas de preço no mês foram o leite longa vida (-5,48%), feijão (-4,67%), sal (-3,78%), óleo de soja (-1,77%) e café torrado e moído (-1,23%). Já os que tiveram maior alta foram: batata (11,23%), cebola (8,46%), arroz (2,99%), açúcar refinado (1,88%) e cerveja (1,8%).

O Sul do Brasil foi a região que teve maior queda, de 1,07%. Já o Sudeste registrou o maior crescimento, de 0,45%. O indicador mede a variação da cesta composta por 35 produtos de largo consumo: alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.

Com relação à cesta básica de 12 produtos essenciais (açúcar, arroz, café moído, carne, farinha de mandioca, farinha de trigo, feijão, leite longa vida, margarina, massa, óleo de soja e queijo), houve recuo de 1,01% na comparação mensal e de 7,35% no acumulado do ano. Outubro é o sexto mês consecutivo de queda, de 7,34% na comparação com o mesmo período do ano passado, saindo de R$ 319,57 para R$ 296,09.