Índice de Preços ao Produtor (IPP) sobe 1,11% em outubro, revela IBGE

Inflação da indústria acumula queda de 6,13% em 12 meses e no ano chegou a -4,43%

Crédito: Freepick

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), considerada a inflação na porta da fábrica, subiu 1,11% em outubro, acumulando assim a terceira alta mensal seguida. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação da indústria acumula queda de 6,13% em 12 meses e o índice acumulado no ano chegou a -4,43%. Em outubro, 14 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações positivas de preço quando comparadas ao mês anterior.

As atividades industriais com as variações de preço mais expressivas no resultado de outubro foram bebidas (6,12%), indústrias extrativas (5,26%), outros equipamentos de transporte (2,19%) e alimentos (2,00%). Já as maiores influências vieram de alimentos (0,48 ponto percentual), indústrias extrativas (0,26 ponto percentual), bebidas (0,15 ponto percentual) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,10 ponto percentual).

Com a maior variação e terceira influência mais expressiva em outubro, o setor de bebidas teve resultado oposto ao que foi observado em setembro, quando registrou forte queda de 5,04%, segundo o IBGE, apontando que houve alta dos preços nesse grupo nos últimos dois meses e que, em outubro, eles ficaram 0,78% acima do registrado em agosto.

VARIAÇÃO MAIS INTENSA

A atividade de indústrias extrativas apresentou a segunda variação mais intensa e ocupou o segundo lugar no ranking de maiores influências em outubro. Na comparação com os preços de setembro, quatro produtos se destacaram tanto em variação quanto em influência. No entanto, “óleo bruto de petróleo”, cujo peso é o maior no cálculo do setor (40,54% como peso original), não aparece entre eles. A cotação do petróleo no mercado externo teve comportamento distinto em outubro em relação a setembro.

O setor de outros equipamentos de transporte teve alta de 2,19% frente ao mês anterior, registrando a terceira variação mais expressiva. É o terceiro resultado positivo em sequência do setor, o maior desde julho de 2022 (4,41%). Pela perspectiva das grandes categorias econômicas, a variação de preços observada na passagem de setembro para outubro foi de 0,34% em bens de capital; 1,21% em bens intermediários; e de 1,14% em bens de consumo. A variação nos bens de consumo duráveis foi de 0,47%, enquanto nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis foi de 1,28%.