As forças policiais do Rio Grande do Sul deram início, nesta quarta-feira, ao período de testes de câmeras corporais. Segundo o Executivo Estadual, os testes podem se estender até o dia 5 de dezembro. Se aprovados, 1,1 mil equipamentos serão instalados nas fardas de policiais militares e civis. A testagem ocorre no Departamento de Informática da Brigada Militar.
A tecnologia é fornecida pela Motorola. A licitação foi realizada no dia 23 maio e contou com quatro empresas. As duas primeiras colocadas no certame foram desclassificadas por não atenderem as especificações técnicas exigidas no edital. A Motorola foi a terceira avaliada. O valor unitário ofertado para cada câmera foi de R$ 800, abaixo do valor de referência de R$ 921,55 especificado no edital.
Foram enviados cinco kits de equipamentos modelo v700 para serem analisados. As câmeras devem ter capacidade de gravar oito horas, em ocorrências, e 12 horas, durante patrulhamento ostensivo. Segundo o governo gaúcho, as maquinas começam a operar quando são retiradas da base e não podem ser desligadas.
Após a aprovação, a Motorola terá 15 dias de prazo para enviar o restante dos protótipos é de 15 dias. A empresa também deverá apresentar um cronograma de implantação no prazo de cinco dias, que deve ser aprovado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). Toda a entrega e instalação deverá ocorrer dentro de 180 dias.
Na primeira etapa de implementação do sistema, mil equipamentos serão destinados a policiais militares em Porto Alegre. Policiais civis do Departamento de Homicídios e do Core devem receber os outros 100.
Antes da licitação, em 2021, amostras do equipamento já tinham sido testadas por policiais militares em Porto Alegre, Alvorada, Capão da Canoa e Osório. Os dispositivos já são utilizados nos estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Pará, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Norte.
Segundo o Diretor do Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) da Secretaria da Segurança Pública, coronel Alex Severo que conversou há pouco comigo por telefone, a Brigada Militar fará os testes de bancada para fazer a validação dos as especificações do termo de referência dos equipamentos e do software das câmeras nos termos táticos operacionais. Os testes vão ser feitos por cerca de dias para conferir se o equipamento condiz com os requisitos.
“Estamos validando os suportes de fardamento, suportes de colete balístico, posicionamento da câmera e do botão de acionamento, duração de bateria, amplitude da lente. Esses suportes analisados estão dentro do contexto tático operacional. Estamos levando e visualizando se conseguimos aplicar isso dentro na solução a empresa está propondo”, destaca.
Após os testes, a banca avaliadora vai realizar um relatório apontando os resultados. Casos as câmeras passem pelo teste de verificação tático operacional, a BM e a Polícia Civil poderá contratar os serviços e implementar o monitoramento por imagens.