Alvorada: investigação do Departamento de Homicídios resultou em 30 prisões desde o início do ano

Grupo é investigado por envolvimento em pelo menos 11 assassinatos

Foto: Polícia Civil

Uma investigação da Polícia Civil sobre homicídios em Alvorada resultou, desde janeiro, na prisão de 30 pessoas. Segundo a corporação, o grupo é responsável por ao menos 11 mortes no município da região Metropolitana, entre os anos de 2021 e 2022.
Nesta terça-feira, 26 ordens judiciais de busca resultaram na apreensão de celulares dos suspeitos.

O inquérito policial tem 31 pessoas indiciadas, sendo 28 por tráfico e associação ao tráfico. Todos os presos são apontados como integrantes de uma facção.

Segundo o diretor do Departamento de Homicídios, delegado Mario Souza, a ação de hoje buscou reunir mais material probatório contra os mandantes e executores dos assassinatos, rumo ao fim da apuração. “Foi o fechamento de uma grande investigação. Nessa fase final, o foco é recolher provas”, destacou.

Souza destaca que a maior parte das mortes investigadas têm relação com disputas pelo controle do tráfico de drogas no bairro Americana. A única exceção ocorreu no bairro Maria Regina, em abril do ano passado, quando um trabalhador que recolhia entulhos foi morto a pedido de um amigo do grupo, que também atuava no setor e queria eliminar a concorrência. “Buscamos a responsabilização de toda a organização criminosa que contribui para a elevação dos crimes contra a vida”, enfatizou o delegado.

Correio do Povo apurou que o líder do grupo investigado seria um traficante conhecido como ‘Rafinha’, que cumpre pena na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ). Ele é apontado como sendo integrante de uma facção com origem no bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre, mas que também criou ramificações na região Metropolitana.