A deputada federal Maria do Rosário (PT) defendeu uma frente ampla para a disputa da prefeitura de Porto Alegre em 2024. Ela disse não haver pressa para definir a chapa majoritária do campo do centro para a esquerda. A parlamentar vai priorizar o diálogo entre as siglas desse espectro e a unidade. Maria do Rosário foi anunciada, na quinta-feira passada, como nome do Partido dos Trabalhadores para disputar o pleito.
“O objetivo que o PT tem é unir um campo de partidos populares, democráticos, que defendem um programa para cidade de inclusão, desenvolvimento, direitos, que olhe para as pessoas. Que olhe para as mães, crianças, jovens, idosos, que consiga realmente ter um programa social e, ao mesmo tempo, de oportunidades e desenvolvimento. Este projeto vai procurar valorizar os setores públicos, desde o transporte até a educação e saúde”, explicou a pré-candidata.
De acordo com a direção do PT de Porto Alegre, a partir da indicação da pré-candidatura de Maria do Rosário, a sigla vai intensificar as conversas dentro e fora da federação partidária, que inclui o PCdoB e o PV, para buscar a formação de uma coligação de legendas para a disputa em 2024.
Maria do Rosário anunciou que a união dos partidos é uma forma de contrapor o projeto atual: “Se colocarmos os nomes deste campo de partidos que trabalha a partir de uma visão de cidade mais humana, justa e desenvolvida ambientalmente, sustentável inclusive, é uma forma de nos contrapormos ao projeto que está na prefeitura atual, que é um projeto já esgotado de propostas, sem sensibilidade com a população”.
A deputada estadual do PT, Sofia Cavedon, que também estava na disputa pela indicação, enviou carta à direção do partido retirando o seu nome em apoio a Maria do Rosário, na semana passada. No documento, ela justificou sua decisão “para acelerar o processo de construção da unidade da esquerda em Porto Alegre”.
Ainda não há confirmação da chapa de candidatura do PT, mas Maria do Rosário destacou a importância, não só da presença feminina na política, mas também de pessoas negras. Ainda sobre as possíveis alianças, Rosário manifestou que: “o mais importante para nós não são os nomes neste momento, todos eles muito importantes no nosso campo político, como Juliana (Brizola), Luciana (Genro), Manuela (d’Ávila), vários nomes. O mais importante é criarmos uma unidade e um programa para cidade de Porto Alegre para as pessoas terem qualidade de vida, direitos assegurados e verem uma cidade que tem oportunidades”.