IPCA-15 e dados do Caged na semana econômica

Analistas esperam alta de 0,35% na prévia da inflação de novembro

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A semana passada foi marcada pelo veto à desoneração da folha e por uma Black Friday que deixou a desejar nos resultados prévios para lojistas. A inflação brasileira volta aos holofotes nesta semana, com a prévia do indicador oficial, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que pode confirmar a percepção do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que o comportamento da inflação tem sido bastante benigno no Brasil. Além disso, o período terá ainda dados de produção industrial e CAGED no Brasil e, na segunda-feira, 27, o Relatório Focus, do Banco Central.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de novembro será o destaque brasileiro, com dados anunciados na próxima terça-feira, 28. No mês de outubro, o indicador apresentou variação positiva de 0,21%, levando o acumulado em 12 meses a 5,05%. O dado tem previsão de 0,35% de aumento na comparação mensal pelos analistas, que consideram que a alta poderá ser de 0,29%, com queda da taxa anual para 4,8% dos 5,0% observados em outubro.

INDICADORES

No mesmo dia serão apresentados os primeiros pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o INCC-M de novembro e a Sondagem da construção de novembro. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgará os resultados setoriais de novembro e Tesouro Nacional trará o relatório mensal da dívida pública federal, com um resultado primário projetado de R$ 15,8 bilhões. Além disso, os dados de arrecadação de impostos para outubro (anteriormente programados para serem divulgados em 20 de novembro) podem ser divulgados ao longo da semana, e estimamos um resultado de R$ 212,7 bilhões.

Na quarta-feira, 29, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulga o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de novembro, conhecido como a inflação do aluguel. O indicador registrou uma variação de 0,50% em outubro. No mesmo dia, o IBGE apresenta dados de preços nas indústrias de outubro. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresentou expansão de 1,11% em setembro.

O dia será marcado também pela apresentação dos dados de geração de emprego formal, pelo Caged, e os dados sobre mercado de trabalho são complementados, na quinta-feira, pela taxa de desemprego (PNAD Contínua). Para o CAGED, analistas projetam a criação de 125 mil empregos formais, ante 211 mil em setembro. Em relação à taxa de desemprego, a expectativa é de um aumento para 7,8%, de 7,7%.

CONFIANÇA EMPRESARIAL

A semana termina com mais dados da FGV, como o indicador de incerteza da economia, ainda na quinta-feira, 30, e o índice de confiança empresarial na sexta-feira, 1º. A Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE, será apresentada, assim como o índice PMI da indústria de transformação.

As divulgações se encerram com apresentação da Balança Comercial de novembro, que tem expectativas de analistas do mercado financeiro de superávit de US$ 9 bilhões, e os números de emplacamentos de veículos pela Fenabrave.

Além disso, o período também envolverá debates sobre a proposta que limita a capacidade das empresas de deduzir benefícios fiscais estaduais do cálculo base para impostos federais, o chamado “projeto de subvenção”. Atenções também para mudanças, por parte de alguns estados do Sudeste e do Sul para aumento de alíquota modal do ICMS, com foco na restauração da receita estatual a curto prazo e a neutralização de possíveis perdas decorrentes da reforma do ICMS. No caso do Rio Grande do Sul, se aprovado, as novas alíquotas começarão a valer no final de março de 2024.