A Frente Parlamentar Contra Doutrinação Ideológica no Ensino, das escolas do Rio Grande do Sul, será oficializada nesta segunda-feira (27), a partir das 14h no Memorial da Assembleia Legislativa. Conforme o criador da iniciativa, o deputado estadual Capitão Martim (Republicanos), a ideia tem como objetivo que alunos de todas as escolas gaúchas aprendam apenas o previsto pelo Ministério da Educação, sem que sejam influenciados na hora de escolherem suas ideologias.
Na visão do parlamentar, a educação faz parte do processo de formação dos cidadãos e não deve sofrer influências de ordem doutrinativa nas instituições escolares. “A criança precisa ir para a escola para aprender matemática, física, português, preparar para o mercado de trabalho. O que a gente vê hoje nas faculdades, nas universidades, nas escolas, é uma grande carga de doutrinação nas crianças. Isso que a gente quer impedir”, declarou.
Para o Capitão Martim, os pais devem ser trazidos para o contexto das escolas e acompanhar de perto o processo de formação de seus filhos, evitando transferir esta responsabilidade: “Não podemos terceirizar para o Estado o ensino das nossas crianças. Então essa frente vem com o objetivo de unir pais, professores, e o objetivo é simples, é uma qualidade de ensino para nossas crianças”.
Conforme o deputado, a ideia da Frente é atuar em escolas geridas tanto pelo poder público como pelo poder privado. “Seria para todas as escolas sem distinção, onde tem o ensino propriamente, o contato de um professor com a criança, a frente irá atuar. E vale ressaltar que essa frente seria uma grande barreira de proteção que queremos criar para as nossas crianças”, avaliou.
No ato serão discutidos temas como combate a influência ideológica no ambiente escolar, defesa da neutralidade ideológica, pluralidade no pensamento, entre outros. Entre os palestrantes e convidados estarão profissionais da área de ensino, representantes da sociedade civil, associações de pais e mestres, instituições de ensino públicas e privadas e universidades e escolas cívico-militares.