O prefeito de Xangri-lá, no Litoral Norte, Celso Bassani Barbosa (PTB), se manifestou neste domingo a respeito da polêmica envolvendo a plataforma de pesca marítima da cidade, localizada na praia de Atlântida. No dia 17 de novembro, o presidente da Associação dos Usuários da Plataforma Marítima de Atlântida (Asuplama), José Luís Rodrigues Rabadan, havia confirmado à Rádio Guaíba que o município pretende excluir a associação da gestão caso assuma o espaço.
Conforme o prefeito, é incompatível a Asuplama e Xangri-lá administrarem o local em conjunto pois, caso a cessão passe para a cidade, a plataforma se tornará pública. “A plataforma há 50 anos foi da Asuplama, então ela é particular, tanto que as pessoas que iam lá tinham que pagar ingresso para entrar. Em toda essa época eles nunca deram manutenção e chegou neste ponto. Agora querem que o município assuma. Se o município assumir, ela vai ser pública”, declarou.
Ainda conforme o chefe do executivo municipal, caso a prefeitura de Xangri-lá assuma a gestão do espaço, o acesso do público será liberado, sem cobrança aos frequentadores. “Pública é porta aberta, ninguém vai pagar para entrar. Então não tem como a Asuplama ter a gerencia disso, porque ela vai ser pública. É isso que eu falei. Não adianta o presidente [Rabadan] agora querer se vitimizar e dizer que o prefeito não quer”, assegurou.
Em 16 de novembro o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou Ação Civil Pública (ACP), com pedido de liminar, para a regularização do registro, da patrimonialidade e da cessão da plataforma, localizada no Litoral Norte.
No dia 15 de outubro, uma parte desabou. Ninguém ficou ferido. Cerca de 350 pescadores são sócios e podem exercer atividades na plataforma. Por ano, cerca de 30 mil turistas visitam o local.