Um quarto dos bares e restaurantes gaúchos pretende contratar até o fim de 2023

Maioria das empresas pretendem dar suporte ao aumento de demanda

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Um quarto dos bares e restaurantes gaúchos pretende contratar empregados nas próximas semanas. Em uma retomada econômica, o setor de Alimentação Fora do Lar está otimista para a reta final de 2023 com maior movimento e vagas de trabalho. Dados da última pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) revela que 24% estabelecimentos do estado querem contratar novos profissionais até dezembro. Os principais motivos para contratações são o suporte ao aumento de demanda (56%) e a necessidade de gestão e reorganização (33%).

“Apesar da pesquisa apontar que seguimos com problema de mão de obra, ao mesmo tempo traz o otimismo na intenção de contratações. A confirmação deste otimismo vem refletida na melhora do faturamento. O final do ano está chegando e com ele a oportunidade de uma melhora ainda maior. Treine sua equipe para um atendimento empático, melhore a higiene e fique de olho no cardápio enxuto”, ressalta João Melo, presidente da Abrasel no RS.

RENOVAÇÃO DE EQUIPE

Entre os outros motivos para o aquecimento de vagas estão a preocupação em renovar a equipe (22%) e a abertura de nova filial ou unidade de negócios (6%). Além das contratações, a pesquisa aponta que 29% dos estabelecimentos fecharam setembro no prejuízo, redução de 5% em relação ao último levantamento. Mesmo com o índice positivo o presidente da entidade destaca que a tendência é de aumento no prejuízo para os próximos meses devido aos gastos elevados no final de ano com décimo terceiro salário da equipe de funcionários.

O endividamento segue preocupando o setor. A pesquisa revela que 4 em cada 10 estabelecimentos têm dívidas em atraso. As principais são relacionadas a impostos serviços públicos (90%). federais (78%), estaduais (28%) e encargos trabalhistas (22%).

“As dívidas são contas da pandemia. Foram necessários empréstimos para solucionar fluxo de caixa e contas a pagar, e é algo que até entre um ano e meio e dois anos, ainda muitas empresas vão seguir pagando essa conta”, explica João Melo.