Na manhã desta quarta-feira, na sede da Federação Israelita do Rio Grande do Sul (Firs), o cônsul-geral de Israel, Rafael Erdreich comentou sobre o acordo entre Israel e o Hamas para a libertação de 50 reféns atualmente mantidos na Faixa de Gaza, em troca da libertação de prisioneiros palestinos e de uma trégua no território.
“No primeiro grupo estarão 50 pessoas, entre eles 30 crianças, 12 mulheres. O cessar fogo será de quatro dias. Durante cada dia entre 10 e 13 pessoas serão liberadas. Israel está permitindo a entrada de muita gasolina, de ajuda humanitária. Mas imagino que depois desse cessar de fogo a guerra vai continuar. Nós queremos terminar com essa gestão do Hamas”, explicou
Sobre a negociação para a retirada de estrangeiros da faixa de Gaza, o cônsul afirmou que Israel tem pouca interferência.
“Tem vários componentes, estados que estão envolvidos neste processo. Tem Israel, tem Egito, tem Hamas. Nós estamos verificando se nestes nomes não têm membros do Hamas, que nós conhecemos. Esta lista nós estamos passando adito que também verifica para ver se não tem algum membro do Hamas no grupo. Outra condição é o Hamas. Que controla a saída do Gaza, da parte na faixa de Gaza. Agora tem 6 mil estrangeiros na faixa de Gaza”, falou.
A Firs apresentou um filme de 44 minutos com cenas capturadas pelas câmeras corporais, redes sociais e telefones dos integrantes do Hamas. No compilado, também estavam imagens das redes sociais, telefones celulares de vítimas e câmeras de vigilância da região atacada.As imagens são do dia 7 de outubro e mostram sem censura a ação coordenada do Hamas.
Erdreich ressaltou que a história de Israel já sofreu muito ataques terroristas, mas pela primera vez foi possível visualziar um pouco da realidade. “As cenas vistas são para comprovar a brutalidade dos ataques do grupo terrorista Hamas”, ressaltou.
O cônsul também destacou que foram fechados centenas de túneis em baixo de escolas, hospitais e mesquitas. E que “já foram lançados mais de 10.500 mísseis de forma indiscriminada em Israel, até o dia 26 de outubro”.
O vídeo é muito mais do que um filme de terror, ele mostra a brutalidade real sofrida por algumas vítimas dessa guerra. O registro do olhar de pânico das vítimas se contrasta com os gritos de euforia dos integrantes do grupo terrorista Hamas. As cenas mostram até mesmo a brutalidade com os corpos já sem vida, como decapitação e espancamento. Nas imagens ficaram registrados os tiros em tudo o que se movimentava, tanto animais, quanto pessoas. Os registros das residências banhadas de sangue, corpos amontoados, crianças apavoradas com a perda dos pais, descrevem um pouco absurdo que é um ataque motivado pelo ódio.