O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou alta de 0,52% em novembro, repetindo assim a variação verificada em outubro, que também foi de 0,562%. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 17, pela Fundação Getúlio Vargas. Em novembro de 2022, o índice tinha caído 0,59% no mês, mas acumulava elevação de 5,5% em 12 meses. Com o desempenho, o índice acumula variação de -4,16% no ano e de -3,81% em 12 meses.
Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, apesar da estabilidade na taxa de variação, o índice ao produtor registrou avanço nos preços dos produtos agropecuários (de -1,41% para 0,65%) e desaceleração nos produtos industriais (de 1,34% para 0,58%).
“Na esfera agrícola, observou-se crescimento nas taxas de variação das lavouras temporárias (de -0,40% para 0,35%), lavouras permanentes (de -2,06% para 1,74%) e pecuária (de -3,13% para 0,90%). Esses movimentos explicam a aceleração da taxa no grupo Alimentação (de -0,61% para 0,40%) componente do Índice de Preços ao Consumidor”, afirmou Braz em nota.
PREÇOS AO CONSUMIDOR
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, passou a subir 0,39% em novembro, depois de avanço de 0,25% em outubro. O grupo Alimentação deixou para trás a queda de 0,61% vista em outubro e registrou alta de 0,40% em novembro.
Cinco das oito classes de despesa registraram taxas mais elevadas: Alimentação (de -0,61% para 0,40%), Educação, Leitura e Recreação (de 2,10% para 2,93%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,02% para 0,44%), Vestuário (de 0,04% para 0,22%) e Despesas Diversas (de 0,00% para 0,13%).
As principais contribuições partiram dos itens: hortaliças e legumes (de -3,23% para 4,51%), passagem aérea (de 13,96% para 17,37%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,77% para 0,77%), tecidos e armarinho (de -0,08% para 0,36%) e alimentos para animais domésticos (de -0,12% para 1,41%).
Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Transportes (de 0,44% para -0,21%), Habitação (de 0,39% para -0,06%) e Comunicação (0,09% para -0,06%). Houve influência dos itens: gasolina (de 0,89% para -1,48%), aluguel residencial (de 1,23% para -0,96%) e tarifa de telefone residencial (de 0,00% para -0,44%).
CUSTO DA CONSTRUÇÃO
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez subiu 0,18% em novembro, desacelerando a alta de 0,36% em outubro. O Índice que representa o custo de Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de um aumento de 0,31% em outubro para alta de 0,02% em novembro.
Os gastos com Materiais e Equipamentos tiveram estabilidade (0,00%) em novembro, enquanto os custos dos Serviços tiveram elevação de 0,23% no mês. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de um aumento de 0,43% em outubro para uma alta de 0,42% em novembro.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.