Com o objetivo de atualizar e aprimorar o conhecimento do seu corpo técnico, a Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), realizou um seminário que foi dividido em duas etapas. A primeira delas, na sede da entidade, em Porto Alegre, foi teórica. Já a segunda parte contou com a visita a uma cooperativa e a um criatório.
Responsável pelo nivelamento de conhecimento foi o superintendente Técnico da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (ABCBRH), Timotheo Silveira. Ele explicou que, para fazer uma avaliação genética e obter melhoramento genético, é preciso ter controle leiteiro, classificação morfológica para tipo e o pedigree. “Essa é a base para se conseguir fazer um genoma, todo um melhoramento genético com uso das melhores tecnologias”, explicou. Silveira detalhou ao corpo técnico da Gadolando como é implementado todo o processo que tem o registro dos animais como base de tudo. “A ideia com os técnicos é a gente trabalhar a antiga tecnologia, que é o pedigree, adicionando genomas e as novas tecnologias que estão chegando para desenvolver mais rápido o gado holandês no Rio Grande do Sul”, detalhou o superintendente.
Silveira também relatou que o foco principal da Gadolando vai ser trabalhar junto ao pequeno e médio produtor, que é característico aqui da região e é um produtor que está carente nestas tecnologias. “Está sendo trabalhada toda uma lógica junto com a equipe para que este produtor tenha o atendimento especializado como se fosse consultoria para grandes produtores que já são bem assediados pelas empresas e de genética, e a Gadolando vai focar neste pequeno e médio produtor que é carente, que tem a necessidade, e difundir essa tecnologia numa linguagem técnica, mas mais simples e mais aplicável ao dia a dia do pequeno produtor”, complementou.
O superintendente Técnico de Registro da Gadolando, José Luiz Rigon, explica que do controle de registro genealógico, controle leiteiro e classificação linear, o produtor retira outros dados importantes. “Ele usa este mesmo trabalho que a gente faz e depois ele retira o Índice de Seleção Genética, que disseca o animal desde a parte das patas até a cabeça, úbere, sistema mamário, garupa e daí tem percentuais de cada característica do animal que ele analisa”, conta o superintendente. Tudo isso, segundo Rigon, resulta em saber desde qual é a melhor vaca da propriedade até a última e o com isso pode ser feita a seleção do rebanho. “Este é um produto que nós estamos fazendo que é o Genoma PA Brasileiro, com as nossas informações de nossos animais. Hoje, estamos importando sêmen que pode ser bom ou não para nós”, complementou.