Com uma semana mais curta em função do feriado de 15 de novembro, da Proclamação da República, as atenções do mercado financeiro se concentram na divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na terça-feira, 14, e do Índice IBC-Br de atividade econômica. Também é a reta final dos balanços corporativos de empresas brasileiras, e com a Bolsa de Valores fechada na quarta-feira.
Depois do IPCA de outubro, que encerrou em 0,24%, as atenções ficam com o desempenho da PMS. Analistas indicam que o setor de serviços recue 0,3% em relação ao mês anterior e 0,9% em relação ao ano anterior, com sinais mistos em seus segmentos. Em relação ao componente de serviços oferecidos às famílias, as projeções apontam para um crescimento de 1,8% em relação ao mês anterior, compensando parcialmente a queda de 3,8% no mês anterior.
A semana começa com a divulgação do Relatório Focus, do Banco Central. Na semana passada, os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção de inflação para este ano e elevaram a expectativa para 2024. Com a manutenção, a estimativa continuou abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que definiu o indicador central de inflação de 3,25% neste ano, sendo considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano.
Na terça-feira, 14, haverá também a divulgação do índice de confiança do empresário industrial (ICEI) de novembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Após o feriado, a agenda de indicadores de atividade econômica segue, com a apresentação dos dados do IBC-Br de setembro da atividade econômica, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do Banco Central na quinta-feira, 16.
Os analistas esperam uma estabilidade – 0,0% em relação ao mês anterior e de +0,6% em relação ao ano anterior. Na mesma quinta-feira, será também apresentado o dado de IPC-S semanal, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A semana será encerrada com a apresentação da IPC-S pela FIPE e pelos dados de IGP-10 da mesma FGV.
POLÍTICA
Os analistas de mercado ficam atentos ao comportamento do governo Luiz Inácio Lula da Silva que tem até quinta-feira, 16, para decidir se enviará uma emenda sugerindo alteração da meta fiscal. A data marca o fim do prazo para apresentação desse tipo de recurso ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.
A discussão sobre rever a meta opõe os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda), este a favor da manutenção da meta zero. A possibilidade de rever a meta fiscal de déficit zero foi tornada pública pelo presidente no fim de outubro.
Já nos Estados Unidos, a semana passada foi positiva para os índices de Nova Iorque, mesmo após a sinalização do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, em direção de mais uma alta de juros no país. O comentário impactou o desempenho das bolsas, mas nos próximos dias as atenções estarão voltadas para o índice de preços ao consumidor (CPI) norte-americano, principalmente. O dado relacionado aos preços será divulgado na terça-feira, 14, e tem previsão de aumento de 0,3% em outubro, com alta anual de 4,1%.