Uma das principais preocupações com o teor do texto da Reforma Tributária aprovado nesta quarta-feira, 8,no Senado é a incidência de imposto sobre os principais insumos do setor de transporte: combustível, energia elétrica e mão de obra. A ideia de alíquota única para bens e serviços, pode representar um pesado aumento de impostos sobre setores estratégicos no Brasil, incluindo o transporte.
Em relação ao Transporte Rodoviário de Cargas, a maior preocupação do Sindicato das Empresas de Transporte e Logística do Rio Grande do Sul (SETCERGS) está direcionada ao impacto no Transporte Internacional de Cargas, pois tinha desoneração de PIS, COFINS e ICMS e a proposta aprovada não previu de forma específica qualquer desoneração de Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS) para o setor. Além disso, em relação ao TRC Nacional, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) realizou levantamento apontando potencial de aumento de carga tributária, a qual poderá impactar as transportadoras.
Embora a proposta tenha como objetivo simplificar o sistema tributário, substituindo cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por um único imposto, ainda há muitas incertezas sobre como isso será implementado e quais serão os créditos que as empresas poderão acumular.
“Para as empresas do setor de transporte e logística, que já enfrentam uma carga tributária elevada, o aumento dos impostos pode afetar negativamente a sua competitividade e rentabilidade”, afirma o presidente do SETCERGS, Sérgio Mário Gabardo.