O encerramento da semana vai concentrar as atenções do mercado financeiro para a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A mediana das informações aponta para uma variação entre 0,26% e 0,29% no mês, o que significaria retração em 12 meses caindo de 5,19% para algo próximo de 4,86%.
Para uma parte dos analistas, o cenário é de desaceleração dos preços, ainda que o momento seja de virada para os dados relacionados à alimentação, que devem começar a cair em menor ritmo ou começar um processo de alta. Isto será compensado pelo desempenho de deflação dentro do grupo de transportes graças aos preços da gasolina. No grupo alimentos, o preço do leite deve ajudar a justificar a queda no indicador segmentado.
Um aceno sobre este cenário veio do conteúdo da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada na última terça-feira, 7, que mostrou que os juros devem permanecer em queda, com o mercado esperando uma convergência da Selic para 9,25% no final de 2024. Junte-se a isto dos dados do último Boletim Focus divulgado na segunda-feira, 06, pelo Banco Central revelando que os economistas consultados pela autoridade monetária projetam inflação a 4,63% ao final deste ano, com Selic a 11,75%.
