Os analistas do mercado financeiro apontam que o ambiente externo está menos favorável em relação a setembro. Pelo menos é o que apontam 97% daqueles que responderam ao questionário pré-reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento foi enviado em 20 de outubro e as respostas serão analisadas antes da reunião do comitê nos dias 10 e 11 de dezembro, e que terá na pauta uma avaliação sobre a taxa básica de juros (Selic).
Para aqueles que responderam à pesquisa, 68% não veem mudanças relevantes desde setembro, 27% acham que piorou e 5% viram melhora. No documento, 30% dos analistas acham que há risco de baixa em seus cenários para a inflação deste ano, contra 10% de risco de alta. Para 2024, o risco de baixa ficou em 9% e de alta em 42%. Para 60% dos entrevistados, os riscos ficam equilibrados em 2023 (48% para o próximo ano).
A mediana das projeções para a inflação de 2023 ficou em 4,60% e o câmbio em R$ 5,00. A previsão dos economistas foi de Selic a 11,75% no fim do ano. Para 2024, a mediana ficou em 3,90% para o IPCA, R$ 5,00 para o dólar e 9,00% ao ano para a Selic.
Já para a reunião de janeiro do próximo ano, 86% acreditam que o BC continuará cortando meio ponto e 78% acham que é isso que o Copom deveria fazer, enquanto 11% apostam que a autoridade monetária nacional vai acelerar o ritmo para 0,75 ponto e apenas 1% acha que vai reduzir para 0,25 ponto.