Ministério projeta R$ 110 milhões em investimentos na Ceitec

Anúncio é um importante avanço para o programa Semicondutores RS

Foto: Alina Souza/Correio do Povo

O governo Federal deverá investir R$ 110 milhões na retomada do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), localizado em Porto Alegre. A informação é da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, para uso de novas tecnologias e recontratação de funcionários, e dá novos rumos para os trabalhos do Centro que estavam suspensos há mais de dois anos. A reversão do processo de dissolução societária foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União que circulou no período da noite de segunda-feira, 6.

O Ceitec produz chips, ativo essencial para diversos setores econômicos, de alto potencial para integrar a política de industrialização com benefícios tributários. “O privilégio de ter a Ceitec em Porto Alegre nos capacitou de forma diferenciada no setor de semicondutores. A retomada marca um avanço extremamente significativo para o objetivo de nos tornarmos referência no setor, tanto no Brasil quanto na América Latina”, destaca a titular da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), Simone Stülp.

O anúncio é um importante avanço para a estratégia desenhada pelo governo do Estado, por meio da Sict, para o programa Semicondutores RS. Oficializado em setembro deste ano, o Semicondutores RS deve investir R$ 70 milhões no setor até 2026. O programa prevê uma série de medidas focadas em inovação e tecnologia para o desenvolvimento da cadeia de semicondutores no Estado, incluindo editais e incentivos fiscais.

Inicialmente, foi lançado o edital Inova Semicondutores, com aporte de R$ 3 milhões para formação de projetistas de circuitos integrados. Em seguida, foi anunciado o edital Techfuturo Semicondutores, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), vinculada à Sict. Atualmente, ocorre a fase de julgamento dos projetos.

Serão disponibilizados R$ 6 milhões para até três projetos voltados à formação de redes de alto nível de competitividade científica e tecnológica, integrando pesquisadores de universidades com empresas estabelecidas e startups. As submissões vão até 17 de novembro.