As 34 pessoas que aguardam em Gaza por um voo de volta para o Brasil, entre elas brasileiros e seus familiares, foram avisados para se preparar para voltar ao país a qualquer momento a partir da fronteira com o Egito. Na última sexta-feira (3), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que a volta para o país ocorreria até esta quarta (8). O Itamaraty afirmou, no dia 1º de outubro, que “confia que em breve [os brasileiros] serão contemplados com autorização para passagem por Rafah”, conforme um comunicado oficial.
“Os nomes foram informados desde 9 de outubro às chancelarias egípcia e israelense e às autoridades responsáveis na Faixa de Gaza”, escreveu o Ministério das Relações Exteriores. De acordo com a pasta, o governo tem mantido contato permanente com as autoridades locais para retirar os brasileiros que estão na zona de conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
“Tanto o presidente Lula quanto o ministro Mauro Vieira têm realizado gestões em favor da saída dos brasileiros junto a diversas altas autoridades de Egito, Israel, Catar, a Autoridade Palestina e de outros países da região. As gestões continuarão a ser feitas até que se concretize a saída dos brasileiros retidos em Gaza”, disse o órgão.
De acordo com o Itamaraty, os brasileiros e familiares próximos continuam abrigados perto da fronteira com o Egito, em Khan Younes e em Rafah. Por meio do Escritório de Representação em Ramallah, o Brasil alugou uma casa para mantê-los seguros, com itens básicos e atendimento de telemedicina.
“Veículos contratados pelo Itamaraty seguem de prontidão, à espera da autorização para o trânsito do grupo pelo terminal de Rafah e, na sequência, por território egípcio, até o aeroporto do Cairo, onde a aeronave da FAB [Força Aérea Brasileira] aguarda para o voo de repatriação”, conclui o texto.
Fronteira aberta
A passagem de Rafah, na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, foi aberta pela primeira vez para a saída de estrangeiros no dia 1º de outubro. Desde então, o governo brasileiro negocia para que seus cidadãos entrem na lista de liberados.