Grupo com mais de 400 estrangeiros deixa Gaza, mas brasileiros continuam no território

A passagem de Rafah havia sido fechada neste domingo, após bombardeios israelense a um comboio de ambulâncias

Foto: Reprodução/X/Ministério da Defesa de Israel

Um novo grupo de mais de 400 estrangeiros e palestinos com dupla nacionalidade deixou nesta segunda-feira a Faixa de Gaza em direção ao Egito, após a reabertura da passagem de Rafah, que permaneceu fechada neste domingo após bombardeios israelenses contra um comboio de ambulâncias no território palestino.

Até agora, porém, não há notícias de quando os brasileiros e parentes de brasileiros que estão em Gaza sairão. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, acredita que o grupo possa deixar o território a partir de quarta-feira, mas já admite atraso no cronograma.

Uma fonte na passagem de Rafah disse à agência EFE que mais de 400 pessoas chegaram hoje ao Egito. Fontes humanitárias disseram que elas tinham passaporte de Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Egito.

Além disso, 20 ambulâncias entraram em Gaza pelo Egito, assim como 75 caminhões de ajuda humanitária, de acordo com a mesma fonte.

A passagem de Rafah foi reaberta após ter sido fechada neste domingo e depois de vários dias em que centenas de palestinos com passaporte de outras nacionalidades e estrangeiros estavam deixando a região pela única passagem aberta.

“Meu sonho é voltar vivo com meus filhos, não entendo por que um país não quer receber seus cidadãos e recebe estrangeiros de muitas nacionalidades”, disse à EFE Lamiah Mohamed, uma mãe egípcia que espera há três dias no lado palestino de Rafah para deixar o enclave.

De acordo com ela, os nomes de seus três filhos — com idades entre 5 e 17 anos — apareceram na lista nesta segunda-feira, mas não o dela, pois as autoridades palestinas se recusaram a permitir que ela atravessasse para o Egito.