Vendas do varejo devem superar resultado de 2022, diz Ibevar

Entretanto, instituto estima queda no último trimestre

Dados do IBEVAR – FIA Business School apontam que as vendas de varejo considerando 12 meses, isto é, comparando dezembro 2023 com dezembro 2022, devem apresentar crescimento. O varejo ampliado deve registrar expansão de 4,96% e o varejo restrito de 1,74%. Porém, as projeções apontam ainda perda de força no último trimestre do ano, justamente o melhor período para o setor com Black Friday e Natal. Embora o varejo ampliado deva crescer 0,8% no período outubro-dezembro, o varejo restrito deve encolher 0,7%.

Os números constam das fontes secundárias realizadas a partir de informações do Banco Central, FIBGE e entidades de classe valendo-se de modelos econométricos. Outra abordagem apoia-se em amplo levantamento junto as redes sociais onde as informações são coletadas e organizadas com algoritmos de IA – Inteligência Artificial e NLP – Natural Language Processing.

O Ibevar argumenta que, como a segmentação é diferente nas duas abordagens, não se pode fazer uma comparação direta. Entretanto, o objetivo é captar o pulso do mercado a partir da observação dos diversos setores do varejo brasileiro.

As redes sociais, onde foi possível, capturar também o desempenho de importantes serviços, confirmam os resultados anteriores. Dos 22 segmentos examinados observa-se um resultado inferior em 2023 em relação a 2022 apenas para: APP de delivery, Market Places e Moda. Observa-se estabilidade para Chocolates, Cine e Foto, Eletroeletrônicos e Livros. Nos demais segmentos, dezessete observa-se um desempenho melhor em 2023. Nota-se ainda desaceleração das vendas nos dois últimos trimestres do ano para 19 segmentos do total de 22.

“Os dados, provenientes das fontes oficiais e os das redes sociais, mostram que a recuperação das vendas em 2023, esperada em função das condições muito desfavoráveis em 2022, é tênue. O endividamento das famílias e a incerteza do quadro político, particularmente, as reais condições do governo controlar o déficit pública freiam a expansão sustentável do consumo”, afirma Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School.