Relatório da FAO revela queda no preço dos alimentos em outubro

Documento também aponta queda no plantio de milho no Brasil para 2024

Crédito: Jonas Oliveira/AEN-PR

O índice mundial de preços da agência de alimentos das Nações Unidas caiu em outubro para seu nível mais baixo em mais de dois anos, impulsionado por recuos no açúcar, cereais, óleos vegetais e carne. O índice de preços da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, alcançou uma média de 120,6 pontos em outubro, abaixo dos 121,3 do mês anterior e a mais baixa desde março de 2021.

O Índice de Preços de Cereais da FAO teve uma média de 125,0 pontos, uma queda de 1,3 pontos em relação a setembro. “Os preços internacionais do trigo caíram 1,9% em outubro, refletindo suprimentos em geral mais altos do que o previsto anteriormente nos Estados Unidos e forte concorrência entre os exportadores”, disse a FAO em seu relatório.

Entretanto, os laticínios contrariaram a tendência de queda nos preços, subindo 2,4 pontos, para 111,3 pontos, após nove meses de quedas consecutivas. “Os preços mundiais do leite em pó foram os que mais aumentaram, impulsionados principalmente por aumentos na demanda de importação, especialmente do nordeste da Ásia”, disse a FAO.

A FAO menciona também em seu relatório que a semeadura das safras de grãos de 2024 estava em andamento no Hemisfério Sul.  “No Brasil, as primeiras indicações apontam para um recuo no plantio de milho de cerca de 5%, já que as relações custo-preço estão favorecendo a soja”, disse o relatório.