Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, o Brasil volta a liderar o ranking mundial de juros reais, descontando a inflação projetada para 12 meses, posição que estava sendo ocupada pelo México. Segundo o site especializado MoneYou, os juros reais do país ficaram agora em 6,90%, seguido do México, com taxa real de 6,89%.
De acordo com a plataforma, a volta do Brasil ao topo do ranking reflete as expectativas dos rendimentos médios de títulos públicos, após declarações do governo sobre o cenário fiscal do país. As projeções mais baixas para a inflação completam o cenário e também ajudam a explicar a volta do Brasil para a liderança.
A Argentina ficou na ponta oposta do ranking. Apesar de ter as taxas nominais mais altas da lista (133% ao ano), o país também enfrenta um quadro de hiperinflação, o que acaba derrubando as taxas reais. Se considerados apenas os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira seguiu na 6ª posição, com o ranking sendo liderado pela Argentina, com 133%.