Os juros futuros encerraram a segunda-feira em forte alta, resultado da elevação o risco de mudança da meta fiscal. Isto porque, na avaliação de analistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não conseguiu convencer que defendeu o compromisso de zerar o déficit primário no ano que vem em sua reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela manhã cedo. Na sexta-feira, presidente colocou em dúvida este objetivo.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2025 fechou em 11,15%, de 10,97% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2026 subiu de 10,79% para 11,05%. O DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 11,22% no fechamento da sessão, de 10,94% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2029 avançou de 11,35% para 11,60%.
Conforme estes mesmos analistas, o tom dos comentários de Haddad e sua irritação na entrevista coletiva após o encontro com Lula, podem representar um sinal de isolamento do ministro dentro do governo. Quem acompanhou o encontro com a imprensa avaliou que o ministro estava nitidamente desconfortável, mais ríspido em suas respostas, destoando do modo cortês tradicional do ministro da Fazenda.