Os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa de inflação em 2023, que passou de 4,65% para 4,63%. A informação consta no relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, 30 com a opinião de mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia. Com a queda, a estimativa dos analistas para a inflação de 2023 continuou abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A meta central de inflação é de 3,25% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano. A última vez que a expectativa de inflação do mercado havia ficado dentro das metas fixadas para este ano havia sido em 15 de junho de 2022 (4,73%).
Se a projeção do mercado financeiro se confirmar, será interrompida uma sequência de dois anos de descumprimento da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%, enquanto em 2022, a inflação somou 5,79%. Para 2024, a estimativa de inflação subiu de 3,87% para 3,90% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
PIB
Já para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro reduziu a previsão de crescimento de 2,90% para 2,89%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2024, a previsão de crescimento da economia do mercado financeiro permaneceu inalterada em 1,50%.
Para a taxa básica de juros, o mercado financeiro manteve a projeção para o final deste ano (11,75%), enquanto para 2024 (de 9% para 9,25%) houve alta na comparação com a semana anterior. Atualmente, a taxa Selic está em 12,75% ao ano, após duas reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Para o fim de 2023, o mercado financeiro manteve a projeção para a taxa Selic em 11,75% ao ano.
A projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 ficou estável em R$ 5,00. Para o fim de 2024, a estimativa permaneceu em R$ 5,05. Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de R$ 74,4 bilhões para US$ 75 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo recuou de US$ 61,8 bilhões para US$ 60,6 bilhões.
