O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,50% em outubro, após subir 0,37% em setembro. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 30, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e acumula recuo de 4,46% no ano e queda de 4,57% em 12 meses. Em outubro de 2022, o índice tinha mostrado queda de 0,97%, mas acumulava alta de 6,53% em 12 meses.
Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, a taxa do índice ao produtor continua em aceleração, sob o impacto dos preços de itens como bovinos (de -10,11% para 6,97%), açúcar (de -2,70% para 12,88%) e carne bovina (-4,55% para 3,85%).
“Essas mudanças, que afetam parcialmente os itens que impactam os preços dos produtos finais no varejo, em breve contribuirão para atenuar a deflação observada no grupo Alimentação do IPC (de -0,60% para -0,39%). Esta classe de despesa tem atuado como um elemento de estabilização, impedindo que a inflação ao consumidor acelere em 2023″, afirmou em nota.
IPA
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou um aumento de 0,60% em outubro, superior à alta ocorrida em setembro, de 0,41%. Nos estágios de processamento, a taxa do grupo de Bens Finais apresentou um acréscimo de 0,06% em outubro, em contraste com a queda de 0,03% no mês anterior. O principal fator que contribuiu para esse resultado foi o subgrupo de alimentos processados, cuja taxa passou de -0,74% para 0,49% no mesmo período. O índice referente a Bens Finais variou 0,28% em outubro, após uma queda de 0,27% no mês anterior.
A taxa do grupo Bens Intermediários apresentou uma variação de 0,69% em outubro, marcando uma desaceleração em comparação ao aumento de 1,50% registrado no mês anterior.
O principal fator que influenciou esse movimento foi o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 15,04% para 2,32%. O índice de Bens Intermediários variou 0,38% em outubro, em contraste com a queda de 0,71% observada em setembro.
O estágio das Matérias-Primas Brutas registrou um aumento de 1,06% em outubro, revertendo a queda de 0,38% que havia sido observada em setembro. Os principais contribuintes para essa mudança na taxa do grupo foram os itens: bovinos (-10,11% para 6,97%), cana-de-açúcar (-0,62% para 2,59%) e milho em grão (-4,22% para 1,05%). Já alguns itens apresentaram um movimento oposto, destacando-se: soja em grão (2,33% para -2,45%), minério de ferro (6,53% para 4,91%) e mandioca/aipim (-0,60% para -4,80%).