O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) marcou 112,1 pontos em outubro, queda mensal de 3%, descontados os efeitos sazonais. A retração do otimismo do comerciante neste mês foi maior que a apresentada em setembro (0,7%), quando o índice atingiu 113,1 pontos. A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira, 26, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apurou que este é o pior resultado desde janeiro deste ano, quando a queda foi de 3,6%, atingindo 119 pontos.
Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, é a retração mais intensa desde o começo do ano, em um momento que antecede datas importantes para o comércio. “O setor sentiu a desaceleração da atividade econômica, tendo uma margem de lucro mais apertada, além de a alavancagem e a inadimplência empresarial estarem em níveis mais altos, o que desafia a gestão de caixa”, avalia Tadros.
QUEDA
O cenário geral é de queda de todos os indicadores, no mês e no ano, com destaque para o fator de avaliação das condições atuais, reduzido em 6,8%. Ainda segundo a pesquisa, 6 em cada 10 empresas consultadas apontam piora na economia e no desempenho das vendas, neste início do último semestre do ano.
A confiança do comércio de produtos de primeira necessidade teve a maior queda em outubro (3,9%), em relação aos outros dois grupos: semiduráveis (3,4%) e (2,7%) duráveis. Já na comparação anual, a redução mais intensa do otimismo foi no grupo de bens duráveis (14,7%), produtos de maior valor e que, portanto, sofrem mais com o crédito caro e seleto.