O mercado financeiro brasileiro faz um desvio no olhar de preocupações globais com o conflito no Oriente Médio. As atenções se voltam para a divulgação do IPC-15 de outubro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IPCA-15) e para o resultado da votação do projeto de lei de taxação dos fundos de alta renda na Câmara dos Deputados.
As estimativas apontam para uma mediana de 0,21%, comparado com 0,35% em setembro, com um acumulado de 5,05% nos 12 meses, o que representaria um alívio no indicador, principalmente com o comportamento dos preços administrados, de serviços e de serviços subjacentes. Além disso, analistas entendem que a alimentação no domicílio pode ajudar a segurar a deflação e iniciar uma aceleração, em especial as hortaliças, as verduras, as carnes, as aves e os ovos.
Entretanto, há alguns mais otimistas, sinalizando um avanço mais moderado para o IPCA-15, de 0,17% na comparação mensal. E esta ajuda viria do segmento de transportes, que deve passar de alta de 2,02% em setembro para 0,81% agora. O principal motivo para este otimismo é a redução nos preços da gasolina, seja pela queda que vinha ocorrendo nos postos nas últimas oito semanas, ou pelo impacto do anúncio da Petrobras de reduzir o preo nas refinarias. O combustível deve sair de uma inflação de 5,18% para uma deflação de 0,75%, ou menos 30 pontos base na leitura.
Entretanto, a alta de 22% das passagens aéreas deve que adicionar pontos base na leitura final. No mesmo sentido, a alimentação no domicílio deve deixar diminuir a deflação de 1,25% para 0,59%. No mês passado, a Região Metropolitana de Porto Alegre verificou um indicador positivo de 0,13%, mas vindo de uma alta de 0,49% em agosto. O destaque da medição foi a alta da gasolina, que subiu 5,18% no mês e foi o subitem com o maior impacto no resultado mensal (0,25 ponto percentual). O grupo de Transportes teve alta de 2,02%, maior alta entre os nove grupos do IPCA-15.