O Senado rejeitou, nesta quarta-feira, o nome do defensor público Igor Roberto Albuquerque Roque para o comando da Defensoria Pública da União (DPU). Escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele chegou a ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas teve a indicação reprovada pela maioria dos senadores em votação secreta em plenário, com 38 votos contra e 35 a favor. Eram necessários ao menos 41 favoráveis para a aprovação.
A resistência ao nome de Albuquerque ocorreu depois de uma parte dos senadores da oposição passar a afirmar que ele defende pautas como a descriminalização do aborto. O indicado, que não chegou a ser questionado sobre o tema, durante a sabatina na CCJ, nega que defenda a pauta.
Ex-presidente da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos Federais (Anadef), Albuquerque ficou em segundo lugar na lista tríplice elaborada pelo órgão para assumir o cargo.
Ele ficou conhecido nacionalmente por atuar na defesa de Danilo Marques, um dos presos da Operação Spoofing, mais conhecida como Vaza Jato, em 2019. Na ocasião, hackers revelaram troca de mensagens entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR).
Agora, o presidente Lula vai precisar escolher outro candidato ao cargo.
