Rendimento médio dos teletrabalhadores era duas vezes maior em 2022, diz IBGE

Dados são do módulo inédito Teletrabalho e trabalho por meio de plataformas digitais  da PNAD Contínua

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O rendimento médio da população ocupada no país foi de R$ 2.714 em 2022, mas entre aqueles que realizaram pelo menos um dia de teletrabalho no período de referência, o rendimento era 2,4 vezes maior do que essa média: R$ 6.479. Já entre os não trabalharam desse modo, o rendimento era abaixo da média: R$2.398. Os dados são do módulo inédito Teletrabalho e trabalho por meio de plataformas digitais 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgado nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Gustavo Fontes, analista da pesquisa do IBGE ressalta que essa diferença não nasce necessariamente do uso do teletrabalho. “É uma correlação com o tipo de ocupação que favorece essa modalidade de trabalho, que tende a pagar salários mais altos. É o caso, por exemplo, daquelas ocupações com maiores proporções de trabalhadores realizando o teletrabalho, como os gerentes e profissionais das ciências e intelectuais”, explica Gustavo.

RENDIMENTO MÉDIO

O rendimento médio de quem estava em teletrabalho foi maior no Centro-Oeste (R$7.255), enquanto no Nordeste foi registrado o menor: R$4.820. Em todas as regiões, a média de quem era teletrabalhador foi maior do que aqueles que não eram.

A pesquisa também investigou o tema em relação às horas trabalhadas. Nesse indicador, houve pouca diferença entre os que realizaram o teletrabalho e aqueles que não trabalharam dessa forma. A média de horas de trabalho por semana foi levemente maior entre os teletrabalhadores: 39,7 horas contra 39,3 de quem não trabalhou dessa forma. A média de horas trabalhadas do total de ocupados do país também foi de 39,3.