Arrecadação federal teve queda de 0,34% em setembro, diz Receita

Ao longo do ano, total arrecadado chega a R$ 1,6 trilhão

Dinheiro, Real Moeda brasileira

A arrecadação federal de impostos atingiu R$ 174,3 bilhões em setembro, queda real de 0,34% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados pela Receita Federal, apontando um acumulado de R$ 1,6 trilhão este ano, redução real de 0,78%. Entretanto, com a atualização inflacionária, o resultado do mês passado foi o segundo melhor para o mês em toda a série histórica, com início em 1995, assim como no acumulado dos nove primeiros meses do ano. Sem correção inflacionária, a arrecadação cresceu 4,83% em setembro.

Segundo os números divulgados, o resultado é explicado pela redução das alíquotas de PIS/Cofins sobre combustíveis, e que provocaram uma perda de R$ 2 bilhões na arrecadação. Também houve impacto negativo de R$ 1,9 bilhão da redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados. Já o imposto sobre importação atuou para aumentar a arrecadação em R$ 47 milhões. No ano, as receitas administradas somaram R$ 1,6 trilhão, alta real de 0,64%.

ARRECADAÇÃO

A arrecadação com os tributos PIS/Pasep e a Cofins foi um dos destaques positivos do desempenho de setembro, alcançando R$ 36,7 bilhões, crescimento real de 7,71% comparado com o ano anterior. O governo federal deixou de arrecadar R$ 104,3 bilhões de janeiro a setembro com as desonerações tributárias, alta de R$ 20,8 bilhões em relação ao mesmo período de 2022.

As fontes de renúncia do governo federal no acumulado de 2023 foram: PIS/Cofins sobre combustíveis (R$ 27,250 bilhões); imposto sobre Produtos Industrializados (R$ 17,100 bilhões); folha de salários (R$ 6,051 bilhões); planos de saúde (R$ 2,379 bilhões); tributação de participação de lucros e resultados (R$ 2.348 bilhões); depreciação acelerada de bens de capital (R$ 1,683 bilhão); outros, no qual entra o Simples Nacional (R$ 47,575 bilhões).