Os juros futuros fecharam a sessão desta segunda-feira, 25, perto da estabilidade, mas com tendência de queda na maioria dos contratos. O movimento de queda reverteu e ganhou força com declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a área fiscal e condições de liquidez no exterior, que tornam mais difícil a “lição de casa” de países emergentes.
Com isso, as taxas se desviaram do comportamento dos Treasuries, até então a principal referência para a curva local, cujos rendimentos seguiram em baixa, e do recuo dos preços do petróleo. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou em 11,050%, de 11,034% no ajuste de sexta-feira, e o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 10,98% no fechamento, de 10,96%. O DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 11,16% (11,14% no ajuste) e o DI para janeiro de 2029, taxa de 11,57%, de 11,58%.
As taxas estiveram em alta firme pela manhã, acompanhando o avanço dos retornos dos Treasuries de longo prazo, com o da T-Note de 10 anos tendo furado brevemente a barreira dos 5%. Ainda na primeira etapa, porém, os yields passaram a cair. No fim da tarde, a taxa da T-Note de dez anos estava em 4,84%. O petróleo em baixa também ajudava a descomprimir a curva local. A commodity fechou em queda de mais de 2%, dada a percepção sobre o conflito do Oriente Médio.