Lula e Putin pedem acesso ‘sem obstáculos’ para ajuda humanitária em Gaza

Ambos também abordaram o conflito na Ucrânia e cooperação mútua no G20 e no grupo dos Brics, afirmou o Kremlin

| Foto: Kremlin/Twitter

Um presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta segunda-feira, um acesso “sem obstáculos” da ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, alvo de bombardeios do Exército israelense, durante uma conversa por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o Kremlin, ambos “expressaram sua grande preocupação com o crescente número de vítimas civis e ressaltaram a importância fundamental de um rápido cessar-fogo, da retirada dos cidadãos estrangeiros de Gaza e da garantia do acesso sem obstáculos da ajuda humanitária ao enclave”.

De acordo com Moscou, Putin e Lula também pediram “medidas urgentes e eficazes no âmbito das Nações Unidas para solucionar a crise”. O Brasil assumiu a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU durante o mês de outubro.

Nos últimos dias, a Rússia reiterou que apoia a solução de dois Estados, com a criação de um Estado palestino.

Nesta segunda-feira, ambos também abordaram o conflito na Ucrânia, a cooperação mútua no G20 e no grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), afirmou o Kremlin.

Ministro adverte para risco de apoio militar dos EUA

Já o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse que o reforço da presença militar americana no Oriente Médio representa um risco de “escalada” do conflito entre Israel e o movimento Hamas.

Em alusão ao envio de navios de guerra americanos ao Oriente Médio durante uma reunião diplomática regional em Teerã, Lavrov apontou que “quanto mais um Estado toma medidas pró-ativas desse tipo, maior é o risco de uma escalada do conflito”.

Lavrov considerou que os Estados Unidos já são um dos “países que mais intervêm” nesse conflito.

No entanto, o ministro afirmou que tanto a atuação de Washington como a da União Europeia (UE) eram necessárias para se obter uma solução diplomática.

*Com informações da Agência France Presse (AFP)